O Papa Francisco, através de sua conta de Twitter Pontifex_pt, exortou os fiéis a rezar pelos doentes que são abandonados à morte e fez um chamado aos médicos a ajudar na proteção da vida e não tirá-la.

“Rezemos pelos enfermos que são esquecidos e abandonados à morte. Uma sociedade é humana se protege a vida, toda a vida, do início ao seu fim natural, sem escolher quem é digno ou menos para viver. Que os médicos sirvam à vida, não a tirem”, expressou nesta quarta-feira, 10 de julho.

Ao longo de seu pontificado, Francisco pediu que a dignidade humana dos enfermos seja respeitada, como no dia 5 de junho, quando, em sua conta no Twitter, denunciou a eutanásia e o suicídio assistido como “uma derrota para todos. A resposta a que somos chamados é nunca abandonar aqueles que sofrem, não desistir, mas cuidar e amar para restaurar a esperança”.

O chamado lançado nesta quarta-feira pelo Papa se deu poucos dias depois que, na França, foi retirada a alimentação e hidratação de Vincent Lambert, homem de 43 anos que, em 2088, ficou tetraplégico por causa de um acidente de moto.

Há anos, a esposa Rachel pedia, com apoio dos irmãos de Vincent, que os suportes vitais dele fossem desconectados.

Por outro lado, os pais de Vincent, Pierre e Viviane, iniciaram uma batalha judicial para mantê-lo com vida. Entretanto, o Supremo Tribunal da França permitiu ao hospital de Reims, onde Lambert permanece, que lhe retirasse no dia 2 de julho a alimentação e a hidratação.

Na segunda-feira, os pais informaram que não apresentariam um novo recurso legal, pois “já é muito tarde”.

“Não podemos fazer nada mais do que rezar e acompanhar nosso querido Vincent com dignidade e dignidade e lembrança”, indicaram em uma nota publicada no site de um comitê de apoio ao filho, que já recolheu mais de 139 mil assinaturas.

Por sua parte, os advogados dos pais indicaram em um comunicado que “não temos mais recursos e já é muito tarde. Vincent está morrendo. A situação na qual lhe colocou o doutor (Vincent) Sánchez é, do ponto de vista médico, irreversível”, afirmaram, em referência ao encarregado pela equipe responsável por Lambert no hospital de Reims.

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