Após o atentado terrorista contra uma igreja católica na manhã do dia 12 de maio, que deixou um padre e cinco fiéis mortos, um sacerdote missionário disse que os cristãos em Burkina Faso sabem que o mal "não terá a última palavra".

Em declarações à agência vaticana Fides, Pe. Donald Zagore, da Sociedade de Missões Africanas, assinalou que "os cristãos em Burkina Faso, como muitos outros na África, sofrem violência por causa de sua fé".

O sacerdote também ressaltou que "neste contexto de sofrimento" será realizada a terceira Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Regional da África Ocidental (CERAO) de 13 a 20 de maio em Ouagadougou, capital de Burkina Faso.

Este encontro, disse Pe. Zagore, ajudará os bispos a expressarem "seu apoio moral e espiritual aos cristãos em particular e ao povo de Burkina Faso em geral, em um espírito profético e fraterno".

O sacerdote lamentou que "ainda hoje" existam aqueles que matam em nome de Alá, porque "a verdade é que Alá não manda ninguém matar em seu nome".

"Aqueles que matam em nome de Alá são apenas criminosos que merecem ser presos e julgados de acordo com as leis", assegurou.

Pe. Zagore assinalou que "hoje, mais do que nunca, a Igreja na África Ocidental, através dos bispos, quer mostrar ao mundo que os cristãos em Burkina não estão e nunca estarão sozinhos nesta luta contra o extremismo religioso":

"A luta será vencida porque estamos conscientes do fato de que o mal, qualquer que seja seu conteúdo, não terá a última palavra em nossas vidas, mas não podemos enfrentar este desafio se nossos governos não estiverem envolvidos de forma concreta e eficaz."

O sacerdote indicou que "é hora de que nossos governos regionais realmente se unam, empregando os meios necessários para acabar com essa tragédia humana".

"Em unidade e solidariedade, vamos superar o extremismo religioso", disse.

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