O Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, na Diocese de Petrópolis (RJ), completou no dia 25 de março, Solenidade da Anunciação do Senhor, seus 70 anos de fundação, período sobre o qual o reitor, Pe. Luiz Henrique Veridiano, ressaltou dois grandes milagres: sua criação e as novas vocações que continuam chegando durante todo este tempo.

Conforme ressaltou à ACI Digital Pe. Veridiano, este seminário é muito representativo para a história da Diocese de Petrópolis, pois quando chegou, “o nosso primeiro Bispo, Dom Manuel Pedro da Cunha Cintra, teve logo essa preocupação de ter um seminário”.

Então, Dom Cintra foi até a igreja no bairro Correas, onde havia uma imagem de Nossa Senhora do Amor Divino e, aos pés da Virgem Maria, “rezou, pedindo a Ela o milagre, porque, recém-chegado à nova Diocese, não tinha recursos, não conhecia quase ninguém”.

“Logo teve a resposta de Deus, por intercessão de Nossa Senhora”, quando a Embaixatriz Lavínia Luiz Guimarães, viúva do Embaixador Luiz Guimarães Filho, doou uma chácara para que o seminário fosse construído.

“Este é o milagre”, afirmou, sublinhando que o mesmo “continua acontecendo, porque, há 70 anos, mantendo o seminário de portas abertas, funcionando ininterruptamente, isso é um milagre de Deus, por intercessão de Nossa Senhora, não tenho dúvidas”.

Além disso, no mundo atual, o qual oferece tantas opções aos jovens e ainda diante das notícias divulgadas na mídia em relação à Igreja, Pe. Veridiano assinalou “o segundo grande milagre de Deus na vida da Igreja através da intercessão de Nossa Senhora”, isto é, o fato de que continuam chegando novas vocações ao Seminário.

“Estamos vivendo tempos difíceis, tempo de secularização muito grande, um tempo de escândalos envolvendo clérigos. No entanto, Deus continua a tocar nos corações, Deus toca os corações e os jovens estão respondendo”, declarou o reitor, ao informar que atualmente o Seminário de Petrópolis tem 76 seminaristas.

Nesse sentido, pontuou que “cabe a nós continuarmos rezando, pedindo ao Senhor da messe que envie trabalhadores para sua messe, porque nós vamos rezar, Deus vai mandar e os jovens vão responder”.

“Não importa o tamanho do mal que está no mundo e que tenta influenciar a vida dos homens no nosso tempo. Deus é muito mais forte. E o seminário hoje, no século XXI, no Brasil, com 76 seminaristas é um grande milagre verdadeiramente”, completou.

Além disso, sublinhou o quanto é significativa a data desta comemoração, a Solenidade da Anunciação do Senhor. “Nossa Senhora disse seu ‘sim’, seu ‘fiat’ nesse dia, e porque Ela disse ‘sim’, então Deus realizou o grande milagre da Encarnação do Verbo”, afirmou.

“Então, é isso que nós pedimos, que o Senhor, pelas mãos de todos os padres, continue se encarnado no mundo. E, pelo ‘sim’ de muitos seminaristas, de muitos padres, que Deus continue se fazendo presente no mundo, porque este mundo pertence ao Senhor nosso Deus. E que, pelo trabalho dos padres, pelo trabalho dos seminários no mundo inteiro, Jesus Cristo continue sendo conhecido e amado”, concluiu.

Missa do Jubileu

O Jubileu dos 70 anos do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino foi celebrado com uma Missa na capela da instituição, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB. Participaram também o Bispo de Itaguaí (RJ), Dom José Ubiratan Lopes, OFMCap, e o Bispo Coadjutor de Nova Iguaçu (RJ), Dom Gilson Andrade da Silva, o qual é ex-reitor deste seminário.

Durante sua homilia, Dom Gregório Paixão recordou a história da instituição e assinalou que hoje, “aqui está o nosso seminário, 70 anos depois, para nos testemunhar a vida que aqui foi gerada e, ao mesmo tempo, as mais de 110 vocações de sacerdotes formados nessa casa, que se espalharam não só pela nossa Diocese, mas também pelo Brasil, para pregar o Evangelho, para mostrar a beleza daqueles que acolhem a Verdade”.

“O que nós queremos com este seminário?”, indagou então o Prelado para logo após responder que procuram formar bons cidadãos, bons cristãos e bons sacerdotes.

Segundo o Prelado, desde os adolescentes que ingressam no Seminário Menor, aos 14 anos, procuram formar “bons cidadãos”, que sejam “respeitosos, educados, disciplinados”. Além disso, “formamos também para serem bons cristãos”.

Dom Gregório sublinhou que “nem todos os jovens que ingressam no seminário chegam à ordenação, mas se tivermos bons cidadãos e bons cristãos, nós poderemos dar à sociedade aquilo que ela necessita para que seja transformada pela força renovadora de nosso Deus, de nosso Libertador, Jesus Cristo”.

E também, acrescentou, “preocupamo-nos em formar bons sacerdotes, não apenas formados para que sejam intelectuais, para que deem todas as respostas que o mundo precisa, mas que encontrem a razão do próprio viver, da sua vocação, da sua missão e de seu talento que deve chegar a todos”.

“Dessa forma, a obra se faz por meio da graça que o Senhor nos dá a cada dia”, completou.

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