Os bispos da Argentina expressaram seu apoio ao Papa Francisco nestes momentos em que asseguram “que sofre um ataque impiedoso no qual se unem diferentes e mesquinhos interesses mundanos”.

Em uma carta ao Santo Padre com data de 30 de agosto, a Conferência Episcopal Argentina (CEA) assinalou que: "Como povo de Deus que peregrina na Argentina, pastores e fiéis, queremos lhe manifestar a nossa fraterna e filial proximidade".

"Compartilhamos as suas dores e esperanças", diz a carta.

Em 25 de agosto, Dom Carlo Maria Viganò, ex-núncio nos Estados Unidos, publicou uma carta de 11 páginas assegurando que vários sacerdotes, bispos, cardeais e inclusive o Papa Francisco sabiam dos abusos do ex-cardeal Theodore McCarrick e agiram com negligência ou o encobriram.

No caso do Papa Francisco, Dom Viganò disse que, no início do seu pontificado, em 2013, retirou as sanções de McCarrick impostas supostamente pelo seu predecessor, o atual Papa Emérito Bento XVI.

Em junho deste ano, o Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, seguindo ordens do Papa Francisco, proibiu a McCarrick de exercer o ministério público, depois que uma investigação realizada pela Arquidiocese de Nova York descobriu que uma acusação de abuso sexual a um menor era "crível e comprovada".

Em sua mensagem, os bispos argentinos recordaram as palavras do Papa na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate: “a cruz, especialmente as fadigas e os sofrimentos que suportamos para viver o mandamento do amor e o caminho da justiça, é de amadurecimento e santificação".

Nesse sentido, assinalaram ao Santo Padre que "pode dizer com São Paulo: ‘Por isso que eu aguento este teste. Mas não me envergonho, porque sei em quem pus a minha confiança, e estou convencido de que ele é capaz de manter até aquele dia o que foi confiado a mim’ (2Tm 1,12)".

Na festa de Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina, os bispos pediram ao Espírito Santo "que o cumule de sabedoria e fortaleza para que, como sucessor de Pedro, siga nos confirmando na fé da Igreja".

"Que Maria de Luján o cubra com o seu amor materno", concluíram.

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