O Arcebispo de Durban (África do Sul), Cardeal Wilfrid Fox Napier, afirmou que a atividade homossexual é o escândalo que golpeia a Igreja até a raiz.

O Cardeal Napier, conhecido defensor da vida, da família e da moral católica, a quem o Papa Francisco nomeou presidente delegado da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos em 2015, fez esta declaração em sua conta no Twitter.

“A manchete de um jornal na manhã de hoje, ‘As Igrejas teriam que permitir as uniões do mesmo sexo’, ignora claramente o ponto de que é precisamente a atividade homossexual o escândalo que golpeia a Igreja até a raiz", escreveu o Purpurado africano.

"O desvio da lei de Deus sempre causa dor. Senhor, perdoai-nos, pois somos pecadores!", acrescentou.

O Cardeal Napier, que considera que a correção política é a maior heresia atual, não é o único que assinalou a atividade homossexual como a origem dos escândalos de abusos sexuais na Igreja.

Recentemente, o Bispo de Madison (Estados Unidos), Dom Robert Morlino, assinalou que “este é o momento de admitir que há uma subcultura homossexual dentro da hierarquia da Igreja Católica que está causando grande devastação na vinha do Senhor. O ensinamento da Igreja é claro quando se diz que inclinação homossexual não é um pecado em si mesmo, mas é intrinsecamente desordenada na maneira que faz com que um homem afligido por isso seja incapaz de ser sacerdote", acrescentou.

Por outro lado, o Cardeal Raymond Burke, prefeito emérito da Signatura Apostólica, assinalou em uma entrevista a Raymond Arroyo de EWTN, que "devemos reconhecer uma apostasia da fé. Acredito que tenha ocorrido uma apostasia prática da fé em relação a todos os temas relacionados à sexualidade humana".

O Purpurado advertiu que essa apostasia começa "com a ideia de que pode haver atividade sexual legítima fora do casamento, o qual obviamente é falso, completamente falso".

As palavras do Cardeal Napier se dão no contexto dos escândalos de abusos sexuais cometidos pelos membros do clero em diferentes lugares do mundo, como no Chile e nos Estados Unidos.

Em 14 de agosto, a Suprema Corte da Pensilvânia (Estados Unidos) publicou um relatório revelando mais de mil supostos casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero ao longo dos últimos 70 anos na Diocese de Allentown, Erie, Greensburg, Harrisburg, Pittsburgh e Scranton.

O relatório de 884 páginas foi escrito por 23 membros de um grande júri, que durante 18 meses examinou meio milhão de páginas de documentos. O FBI ajudou na investigação destes casos ocorridos entre 1947 e 2017.

O outro escândalo que atingiu a Igreja nos Estados Unidos é a má conduta sexual de Theodore McCarrick, Arcebispo Emérito de Washington, cuja renúncia do Colégio Cardinalício foi aceita pelo Papa Francisco em 28 de julho deste ano.

A acusação contra McCarrick por um caso de abuso em Nova York, Arquidiocese onde esta acusação foi investigada, foi considerada "crível". Alguns dias depois, surgiram novas acusações contra ele, devido a más condutas sexuais com sacerdotes e seminaristas na Diocese de Metuchen e na Arquidiocese de Newark.

Em 16 de agosto, os bispos dos Estados Unidos pediram ao Vaticano que realizasse uma investigação sobre as denúncias de abusos sexuais e encobrimentos que envolvem o Arcebispo Theodore McCarrick.

Devido aos escândalos, o Papa Francisco dirigiu uma Carta ao Povo de Deus, em 20 de agosto, na qual expressou sua vergonha e dor; e na qual encorajou os fiéis a viver intensamente a oração e o jejum, “que desperte a nossa consciência, a nossa solidariedade e o compromisso com uma cultura do cuidado e o ‘nunca mais’ a qualquer tipo e forma de abuso”.

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