A Conferência dos Bispos Católicos da Irlanda publicou um novo código de ética para a saúde no qual reitera que os hospitais católicos não podem realizar abortos.

Em maio deste ano, a Irlanda revogou em um referendo a Oitava Emenda que protegia o direito à vida da mãe e do nascituro.

Desde então, os membros do governo estão elaborando uma legislação para alterar as normas que permitirá o aborto até a 12ª semana de gestação e, em alguns casos, até 24 semanas. Além disso, obrigaria a pagar abortos com os impostos e também obrigaria os hospitais católicos a realizar esta prática.

Como indica ‘Catholic Herald’, o Código de Normas Éticas para a Saúde, permitido em 20 hospitais católicos, foi entregue ao governo irlandês no início deste mês, durante sua reunião com representantes dos bispos.

Recentemente, o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, assegurou que os hospitais católicos do país deverão realizar abortos depois que a nova legislação entrar em vigor.

Informou à Câmara Baixa do Parlamento que médicos, enfermeiras ou parteiras poderiam optar por não realizar procedimentos por motivos de consciência, mas que esta opção não será permitida aos hospitais financiados com fundos públicos, entre os quais estão centros católicos.

Angelo Bottone do instituto pró-vida Iona escreveu que se as instituições não obtiveram os direitos a objecção de consciência, um hospital católico pode "rechaçar fundos públicos e reduzir as suas atividades ou fechar o seu departamento de maternidade e continuar oferecendo seus serviços em outras áreas".

"A sua filosofia não será comprometida, mas ninguém ganhará com esta situação. Na verdade, qual é o interesse do Estado em ver interrompido um serviço que demonstrou ser útil, e essencial, para uma comunidade?", comentou.

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