Menos de um ano depois que o aborto foi despenalizado sob três causas no Chile, um grupo de parlamentares e o coletivo “Aborto Legal e Seguro” anunciaram que em breve apresentarão um projeto para liberar esta prática.

O anúncio foi feito na quarta-feira, 25 de julho, e segundo seus promotores, foram reunidas mais de mil assinaturas para que o aborto possa ser realizado sem restrições até a 14ª semana.

A atual lei do aborto foi promulgada no dia 24 de setembro de 2017 pela então presidente Michelle Bachelet.

Esta lei permite o aborto no caso de violação até as 12 semanas de gravidez, e até as 14 semanas, se a mãe for menor de 14 anos.

A lei não contempla limite de tempo para as causas de risco à vida da mãe e “inviabilidade fetal”, ou seja, quando o “embrião ou feto padeça de uma alteração estrutural congênita ou genética de caráter letal”.

Sobre a iminente apresentação deste projeto, a ministra da Mulher e da Igualdade de Gênero, Isabel Plá, responde que a postura a favor da vida do governo do presidente Sebastián Piñera é “imutável”, embora exista disposição de escutar a proposta.

O anúncio do projeto de aborto livre foi seguido por uma grande marcha em Santiago.

As participantes usaram lenços verdes, que começou a ser usado por grupos abortistas na Argentina em meio ao debate do aborto.

Ao finalizar a marcha, um grupo de desconhecidos incendiou algumas barricadas, o que obrigou os guardas a agirem. Como consequência do confronto, três mulheres e um comandante ficaram feridos.

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