O ministro da Saúde da Argentina, Adolfo Rubinstein, recebeu duras críticas nas redes sociais, depois de dizer diante do Senado que o juramento hipocrático, de respeitar a vida humana desde o momento da concepção, já não se realiza nas universidades há muitos anos.

Em 24 de julho, em uma audiência que discutiu o projeto do aborto aprovado pela Câmara dos Deputados, Rubinstein, médico profissional e promotor do aborto, disse que não lembrava de ter feito o juramento de Hipócrates. Em seguida, afirmou que "já não se faz" o juramento.

"Em relação ao juramento hipocrático, já não se faz, há muitos anos. Eu realmente não lembro há quanto, mas há muito tempo. As coisas vão mudando, as sociedades vão evoluindo, os paradigmas vão mudando e, obviamente, temos que nos adaptar", disse o ministro em resposta às perguntas do senador Dalmacio Mera, presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais.

Entretanto, contrariando as afirmações de Rubinstein, o juramento hipocrático que os médicos fazem no momento de receber o seu título universitário continua em vigor nas faculdades de medicina do país.

Do mesmo modo, o site da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires (UBA), onde estudou Rubinstein, mantém o juramento com o qual os médicos se comprometem a “ter um respeito absoluto pela vida humana desde o momento de sua concepção".

Além disso, em um vídeo recente, mostra centenas de médicos da UBA realizando o juramento de Hipócrates durante a sua cerimônia de formatura em maio de 2017.

Nas redes sociais, Pe. Leandro Bonnin, conhecido pela sua constante defesa da vida do nascituro, criticou o ministro acusando-o de "mentir descaradamente".

"Senhor ministro, você é indigno do lugar que ocupa. Está claro que existe muito mais pessoas qualificadas e honestas na Argentina do que você. Se tem alguma dignidade, renuncie. E, por favor, não minta mais para nós", declarou o sacerdote.

Através do Twitter, dezenas de pessoas também se uniram à crítica e à indignação pelas afirmações do titular da saúde.

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