Criado Cardeal no último dia 28 de junho pelo Papa Francisco, o Bispos de Leiria-Fátima, Dom António Marto, assinalou que o cardinalato “não é uma promoção de carreira”.

A declaração foi feita na última sexta-feira, 13 de julho, quando presidiu a Missa de ação de graças pela dedicação da Sé de Leiria e por sua criação cardinalícia.

“Gostaria que ficasse bem sublinhado que esta nomeação não é uma promoção na carreira e, neste sentido, a minha pessoa pouco conta”, disse Dom Marto durante sua homilia, conforme recolhido pelo site do Santuário de Fátima.

O Bispo foi criado Cardeal no consistório presidido pelo Papa Francisco em 28 de junho, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Na última sexta-feira, ao final da Missa que assinalou a dedicação da Catedral, num ano em que se celebram os 100 anos da restauração da Diocese, o Purpurado reforçou: “não vou mudar de nome, não vou mudar de rosto, não vou mudar de ser. Continuo a ser o vosso bispo”.

Anteriormente, na homilia, fez questão de ressaltar que a nomeação cardinalícia é para prestar “um serviço à Igreja Universal, de comunhão com o Papa Francisco, como seu colaborador mais próximo, no serviço da Igreja e da renovação que ele lhe quer imprimir”.

O Bispo de Leiria-Fátima indicou ainda que “a grande reforma da Igreja que o Papa Francisco empreendeu e nos convida a colaborar para a tornar mais fiel ao estilo do evangelho realiza-se a partir da dimensão da santidade e da dimensão missionária”.

“Sem elas – sustentou –, nenhuma reforma poderá renovar a Igreja”.

Dom Marto ainda comentou sobre a celebração da dedicação da Sé de Leiria, destacando que esta data não evoca “um monumento, uma obra de arte, um edifício imponente”.

“A festa de dedicação da catedral evoca não apenas os muros do edifico, mas antes de mais o mistério da Igreja diocesana, reunida em nome do Senhor, à volta do seu bispo, como sucessor dos apóstolos”, expressou.

Segundo o Cardeal, o edifício evoca “a figura do bispo que, precisamente a partir da catedral, garante a comunhão com a fé dos apóstolos” e exprime a unidade de todos os “membros da Igreja diocesana” em união com a “Igreja universal, em comunhão com o Papa”.

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