Papa Francisco fará uma visita pastoral às dioceses italianas de Piazza Armerina e de Palermo na região de Sicília, em 15 de setembro de 2018, por ocasião do 25º aniversário da morte do Beato Pe. Giuseppe "Pino" Puglisi, assassinado pela máfia.

O Beato enfrentou a máfia com determinação, incluindo rechaçar doações de procedência duvidosa e retirar nas festas da padroeira lugares de honra que tradicionalmente eram ocupados pelos líderes mafiosos.

Pe. Puglisi, ordenado sacerdote aos 23 anos, foi um firme defensor das crianças em Palermo, usadas ​​pela máfia para distribuir heroína e outras drogas.

O sacerdote criou um lar para salvar da máfia centenas de crianças do bairro de Brancaccio, em Palermo, onde nasceu.

Em 15 de setembro de 1993, quando completava 56 anos, Pe. Giuseppe "Pino" Puglisi foi assassinado pela máfia siciliana em frente à sua paróquia em Palermo (Itália). Foi beatificado em 25 de maio de 2013.

Há alguns dias, o Papa Francisco recordou os 25 anos do clamor de São João Paulo II a fim de que membros da máfia siciliana se convertam.

O Papa recordou que, em 9 de maio de 1993, alguns meses antes do assassinato do Pe. Puglisi e no final da Missa multitudinária na Sicília, São João Paulo II fez um “apelo profético para que os mafiosos se convertam”.

No Vale dos Templos, o Papa Wojtyla exclamou: “O povo siciliano, tão enraizado à vida, que ama e dá a vida, não pode viver sempre sob a pressão de uma civilização contrária, uma civilização da morte. É necessária a civilização da vida. Em nome de Cristo crucificado e ressuscitado, que é o caminho, a verdade e a vida, me dirijo aos responsáveis: Convertam-se, um dia haverá o julgamento de Deus!”.

“Eles devem entender que não podem matar inocentes. Deus disse uma vez: ‘Não Matarás’. O homem, qualquer organização humana, a máfia, não pode matar nem atropelar este direito sagrado de Deus!”, acrescentou o São João Paulo II.

Depois de recordar as palavras de São João Paulo II, o Papa Francisco encorajou os sicilianos a “prosseguir juntos no caminho traçado pelo Beato Pe. Pino Pugliesi e por aqueles que, como ele, testemunham que as tramas do mal são combatidas com a prática cotidiana, dócil e corajosa do  Evangelho, especialmente no trabalho educacional com os adolescentes e jovens”.

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