Em um dia como hoje, 9 de maio, a família de Alfie Evans recordou que o pequeno que conseguiu unir o mundo em oração completaria dois anos de vida.

Alfie Evans faleceu no dia 28 de abril, aos 23 meses de idade, depois de permanecer internado desde dezembro de 2016 em “estado semivegetativo” devido a uma condição neurológica degenerativa desconhecida.

Seus pais, através da conta do Instagram de Alfie's Army, grupo de apoio ao menino, escreveram uma emocionante mensagem pelo seu aniversário.

“Você deveria estar correndo agora para abrir todos os seus presentes. Estamos muito orgulhosos da sua luta Alfie. Temos muita sorte de ter você hoje conosco para comemorar o seu aniversário. Sentimos falta das suas pequenas expressões e personalidade, de ver você espreguiçar e bocejar, mas você está conosco e celebraremos de uma maneira muito especial. Parabéns pelos 2 anos Alfie! Mamãe e papai te amam muito!”, indica a mensagem.

Durante meses, os pais mantiveram uma batalha judicial com o hospital Alder Hey, de Liverpool – onde o pequeno estava –, porque o centro médico desejava desconectar seu suporte vital e deixa-lo morrer, argumentando que era o melhor para Alfie.

Ambos os pais recorreram sucessivas vezes aos tribunais do Reino Unido e ao Tribunal europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo para que lhes permitissem levar o menino a outros centros médicos que se ofereceram para acolhê-lo, entre os quais o Hospital Pediátrico Bambino Gesú, de Roma, e o Instituto Neurológico Carlo Besta, de Milão. Mas, todos os seus pedidos foram rejeitados pelos juízes.

O Papa Francisco também se pronunciou e solicitou que fosse escutado o clamor dos pais e, inclusive, o governo da Itália concedeu a Alfie a nacionalidade italiana no dia 23 de abril e preparou um avião para que ele fosse levado a este país.

Entretanto, com o respaldo do juiz Anthony Hayden, do Supremo Tribunal da Inglaterra e do País de Gales, o Alder Hey desconectou o suporte vital do menino na noite do dia 23 de abril. Segundo o cálculo dos médicos, a criança deveria falecer nas seis primeiras horas, mas Alfie começou a respirar por conta própria e, depois de nove horas de luta, voltaram a administra-lhe oxigênio e hidratação.

Centenas de pessoas foram ao hospital para exigir que fosse respeitada a vontade dos pais e a vida do menino, porém, foram repelidos pela polícia britânica.

Finalmente, no dia 26 de abril, os pais de Alfie publicaram uma comovente carta agradecendo as pessoas pelo apoio oferecido todos esses meses, mas lhes pediram que voltassem para suas casas, poraquê agora desejavam construir uma relação positiva com o Alder Hey e, assim, poder levar seu filho para casa.

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