A decisão da Polícia de Merseyside, ao norte da Inglaterra, de “monitorar” e “tomar medidas” contra os usuários que publicarem suas opiniões sobre o caso de Alfie Evans gerou polêmica no país.

“Emitimos uma declaração esta noite para fazer com que as pessoas levem em consideração que as mensagens nas redes sociais que estão publicando em relação ao Alder Hey e à situação de Alfie Evans estão sendo monitoradas e podem ser tomadas medidas a respeito”, assinalou no dia 25 de abril a Polícia de Merseyside, responsável por vigiar esta região ao noroeste da Inglaterra onde está Liverpool.

Em declaração, o inspetor chefe Chris Gibson sustentou que “gostaria de fazer com que as pessoas tomem consciência de que estas publicações estão sendo monitoradas e recordar aos usuários das redes sociais que qualquer delito, incluindo as comunicações maliciosas e o comportamento ameaçador, será investigado e, quando for necessário, será tomada uma decisão a respeito”.

Logo após a publicação, centenas de usuários se pronunciaram contra esta medida que impediria a liberdade de expressão.

“É uma declaração real da polícia? Que tipo de ditadura é essa? Este não é um país ocidental livre!”, declarou através do Twitter Brandon Morse, escritor de ‘RedState’.

“‘Vamos deixar que este bebê morra lentamente de asfixia diante do protesto dos seus pais e prenderemos você se criticar nossa decisão com muita dureza’. É algo tirado de um romance distópico. O que está acontecendo com o Reino Unido?”, perguntou-se James Hasson, colaborador de ‘The Federalist’.

No dia 25 de abril, os pais de Alfie Evans perderam a apelação contra a decisão do Supremo Tribunal da Inglaterra e não poderão levar seu filho para a Itália para receber tratamento médico.

Esta manhã, o pai de Alfie Evans, Thomas, disse que fará as medidas necessárias para que os médicos do hospital Alder Hey permitam que leve seu filho para casa.

“O que fizemos hoje foi ter uma reunião com os médicos em Alder Hey e agora começamos a pedir que nos permitam ir para casa. Alfie já não precisa de cuidados intensivos. Está deitado na cama com um litro de oxigênio. Algumas pessoas dizem que é um milagre, mas não é um milagre: é um erro de diagnóstico”, afirmou.

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