Em um vídeo que se tornou viral nas redes sociais, o apresentador da CNN, Chris Cuomo, esclarece ao vivo a um congressista dos Estados Unidos sobre o verdadeiro significado do dogma da Imaculada Conceição, depois que ele o usou erroneamente para falar a respeito do desaparecimento de mensagens de texto.

Em 24 de janeiro, o congressista republicano Matt Gaetz usou o dogma da Imaculada Conceição como uma analogia para falar do recente escândalo que envolve o FBI: o estranho desaparecimento de milhares de mensagens de texto que alguns agentes seus compartilharam entre o dia 14 dezembro de 2016 e 7 de maio de 2017.

Segundo vários relatórios, uma falha de software nos telefones da Samsung fornecidos pelo FBI apagou permanentemente cinco meses de mensagens.

Na entrevista da CNN, Cuomo perguntou a Gaetz a respeito da comparação que ele fez da Imaculada Conceição com as mensagens de texto excluídas.

“Você diz que esta é a maior coincidência desde a Imaculada Conceição. Do que você está falando?”, perguntou Cuomo ao congressista.

Gaetz respondeu que se referia “que é uma grande coincidência, porque são precisamente esses cinco meses nos quais alguém engendraria uma conspiração, reunindo-se com a sua sociedade secreta. Eu estava colocando ênfase que essa é uma coincidência absurda”.

“Onde está a analogia? Isso é o que eu não entendo. O que você acha que aconteceu com a Imaculada Conceição?”, continuou Cuomo, mudando imediatamente o tema das mensagens de texto ao modo de como funcionam as analogias.

Em seguida, Gaetz disse aborrecido: “Você realmente me trouxe para discutir meus pontos de vista religiosos? Sou cristão. Acredito que a Imaculada Conceição foi a maneira como Jesus nasceu”.

Cuomo, também visivelmente chateado, esclareceu que “foi a concepção de Maria. Era a concepção da Mãe sem pecado original. Não era a concepção de Jesus. Os fatos importam, congressista. Se for fazer uma analogia, pelo menos deve saber sobre o que estamos falando, porque precisa de uma base para falar dessas coisas”.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original”.

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX.

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