Depois de celebrar a canonização de Francisco e Jacinta Marto, o Santuário de Fátima chega ao final do centenário das aparições da Virgem com a notícia do reconhecimento das virtudes heroicas de Luiza Andaluz, fundadora da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima.

Em seu site, o Santuário mariano de Portugal expressou que a aprovação deste decreto pelo Papa Francisco no último dia 19 de dezembro “é motivo de grande contentamento”.

Luiza Maria Langstroth Figuera De Sousa Vadre Santa Marta Mesquita e Melo nasceu no dia 12 de fevereiro de 1877, no Palácio Andaluz, em Marvila (Santarém), em uma família abastada, de pais profundamente cristãos.

Foi educada no amor e altruísmo pelos outros. Conforme indica o site da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, recebia visitas assíduas do Cardeal José Neto, o qual teria dito sobre a pequena Luíza que “nunca tinha visto tamanha fé numa criança”.

Assim, desde cedo manifestou o gosto pelo serviço ao outro, através do apostolado e do ensino. Aos 16 anos, obteve o diploma de professora primária e, em 1923, abriu, em uma casa que herdou dos seus pais, o Colégio Andaluz, instituição que hoje prossegue viva através do Instituto Superior Politécnico de Santarém.

Aos 38 anos, ouviu o chamado de Deus para seguir a vida religiosa, como carmelita. Mas, em 1915, sentiu que a vontade de Deus lhe indicava a fundação de uma nova Congregação dedicada à vida contemplativa e à necessidade de uma resposta apostólica aos novos tempos.

Nesse sentido, em 15 de outubro de 1923, iniciou a vida fraterna das Servas de Nossa de Fátima na sua casa de Santarém,  Congregação que foi reconhecida pelo Vaticano em 1939.

Luiza Andaluz se manteve como superiora da congregação até 1953, altura em que se retirou para Fátima e se dedicou ao acolhimento aos peregrinos no Santuário.

Atualmente, a Congregação fundada por ela segue intimamente ligada ao Santuário da Cova da Iria por meio de seu carisma e pelo serviço diário que presta no local, nas Casas de Retiros de Nossa Senhora de Carmo e Nossa Senhora das Dores e também no acolhimento aos peregrinos.

Luiza Andaluz faleceu em Lisboa, aos 96 anos, no dia 20 de agosto de 1973.

De acordo com sua Congregação, “foi uma mulher de Igreja, mulher de audácia e de coragem, porque animada de uma profunda fé e confiança em Deus”.

Com a publicação do decreto que reconhece as virtudes heroicas de Luiza Andaluz, agora é necessária a aprovação de um milagre para que seja proclamada beata.

Confira também: