O colégio católico Mare de Deu de Montserrat, na cidade de Lleida (Espanha), decidiu suspender o presépio vivo tradicionalmente realizado próximo à data do Natal, porque “temos pessoas na prisão” e, por outro lado, “não há nada para celebrar”.

Este colégio em ‘Les Borges Blanques’, na cidade de Lleida, na Catalunha (Espanha), enviou uma nota aos pais dos alunos, informando-lhes que não fariam o tradicional presépio vivo nem o concerto de Natal, “devido à situação do país em geral, e da escola, em particular”.

“Acreditamos que não podemos agir como se nada acontecesse ao nosso redor. Continuar realizando as rotinas de um tempo normal é nos enganar ante as ameaças e as mentiras que estão sendo lançadas sobre a escola catalã”, sublinha o comunicado.

Justificam esta decisão de cancelar ambos os eventos porque, “como educadores, não podemos fechar os olhos para o que acontece ao nosso redor. Por esta razão, não há nada para celebrar”.

A carta assinala que a realização do presépio vivo, que também coincide com outros atos do 25º aniversário do colégio, “merece ser feito com alegria e felicidade, sem pensar que temos pessoas na prisão, pessoas que lutam por tudo o que nos representa e por mais de 40 anos de trabalho intenso na sala de aula”.

De acordo com o projeto educacional do centro, este colégio mantém uma ideologia católica e pertence ao grupo da Escola Cristã da Catalunha, destacando a importância da “educação integral de crianças e jovens de 0 a 16 anos, conforme uma concepção cristã da pessoa, da vida e do mundo”, e sublinham o seu compromisso com “a sociedade e com o país”; sem explicar se eles se referem à Espanha ou à Catalunha como um novo estado.

Outro objetivo prioritário do colégio é “a sensibilização pelo fato diferencial catalão e conhecer a história, a cultura e as tradições do nosso país”.

Os presos aos quais poderia se referir a nota enviada aos pais são os principais organizadores da independência da Catalunha, acusados ??de rebelião, divisão e fraude.

Entre eles estão o ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, os ex-deputados Jordi Turull, Joaquim Forn, Raül Romeva, Josep Rull, Dolors BAssa, Meritxell Borràs e Cales Mundò, além dos presidentes das associações Òmnium e ANC, Jordi Cuixart e Jordi Sánchez, acusados ??de sedição.

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