“Fogo às igrejas, não é bem-vindo na Araucanía, Papa Francisco”, é uma das mensagens que desconhecidos deixaram após queimar um ônibus de serviço interurbano no sul do Chile.

O Papa Francisco visitará o Chile entre os dias 15 e 18 de janeiro, quando visitará as cidades de Santiago, Iquique e Temuco, esta última, a capital da Região da Araucanía.

Nesta região do sul do país, existe uma tensão constante entre as comunidades mapuches que reivindicam terras que consideram suas por ter pertencido a seus ancestrais, o que gera violentos protestos contra o governo e a igreja.

Devido a este conflito, muitos templos católicos e evangélicos foram alvos de ataques por parte de grupos extremistas que consideram a Igreja como um inimigo.

No ataque do último dia 10 de novembro, quatro encapuzados interceptaram o ônibus, quando circulava pelo setor de Pidima, no município de Ercilla, cerca de 570 quilômetros de Santiago, em Araucanía.

Ameaçaram o motorista com armas de fogo e obrigaram os passageiros a descer do veículo, para, finalmente, queimá-lo nas proximidades de uma comunidade mapuche da região.

Junto à mensagem contra a visita do Santo Padre, os atacantes também deixaram outra mensagem: “Liberdade a Daniel Melinao e Presos Mapuches de Angol, fora políticos”, em relação aos que foram processados e condenados por atentados ocorridos na região.

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