A Arquidiocese de Ayacucho (Peru) rejeitou as acusações contra o sacerdote Félix Pariona de supostos abusos sexuais e criticou o jornal de esquerda, ‘La República’, por ter confundido a comunidade católica ao insistir em um caso que foi arquivado duas vezes pela justiça peruana.

“Há alguns dias, tem circulado na imprensa local, comentários sustentados na divulgação realizada na semana passada pelo jornal ‘La República’ e que confunde a comunidade católica”, assinalou a Arquidiocese em um comunicado publicado em 7 de novembro.

O texto se referiu à notícia publicada no dia 2 de novembro pelo jornal de esquerda, intitulada “Sacerdote acusado de violação continua ccelebrando Missa”.

Esta notícia recolhe as acusações da jovem A.L.L. contra o Pe. Pariona Huacre. A mulher afirma que o sacerdote “a tocou indevidamente e cometeu abuso sexual quando ela tinha entre 15 e 17 anos, no Seminário San Cristóbal de Huamanga”.

“Há alguns meses, a menina completou 18 anos. O Promotor Nilo Paredes Chávez, baseado nas supostas contradições da vítima e nas refutações do pároco, arquivou o caso”, assinala o jornal.

Entretanto, de acordo com o jornal, a jovem “persiste em imputar graves acontecimentos contra o sacerdote Félix Pariona, que continua realizando normalmente o seu trabalho pastoral”.

Diante disso, o Arcebispo publicou um comunicado no qual assegurou que, “em todos os momentos, a Cúria colaborou diligentemente com o Ministério Público e o caso não foi fundamentado, portanto, foi arquivado em 20 de julho de 2017”.

“Entretanto – indicou o Arcebispo –, diante de uma denúncia apresentada pelo advogado da suposta vítima, o Procurador ordenou que em um prazo de 30 dias ela realizasse um exame psicológico em 11 de setembro de 2017”.

“Mas, ela não compareceu”, assinalou o texto assinado pelo Arcebispo de Ayacucho e Presidente da Conferência Episcopal peruana, Dom Salvador Piñeiro.

O comunicado indicou que foi cumprido o pedido de A.L.L. de reabrir o caso e agora “temos a segunda disposição definitiva do arquivamento em 7 de novembro de 2017, que nos foi notificada”.

Nesse sentido, o Arcebispo defendeu o Pe. Pariona e assinalou que “não podemos nos acostumar à difamação que prejudica a dignidade das pessoas, independente da sua missão na sociedade”.

“Não guardamos rancores e, como filhos da Igreja, sempre ofereceremos o perdão e a paz”, concluiu o texto.

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