“Um momento muito bonito e muito simbólico”, assim o Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto descreve a canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco, episódio que, para ele, foi o ápice do centenário das aparições da Virgem na Cova da Iria.

Ao fazer um balanço das comemorações do centenário das aparições de Fátima em uma entrevista ao semanário “Voz da Fátima”, Dom António Marto garantiu que “o nosso povo percebeu” que a canonização dos pequenos videntes “foi um momento muito forte quer na celebração quer para a vida do Santuário, hoje com filas diárias para a visita aos túmulos”.

“O povo percebeu e percebeu-o à sua maneira com a intuição do coração e da fé, sem necessidade de outros tratados. É um marco que fica indelevelmente marcado para o Santuário”, expressou.

Os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto foram canonizados pelo Papa Francisco no Santuário de Fátima, no marco da celebração do centenário das aparições, em 13 de maio deste ano.

Para o Bispo de Leiria-Fátima, esta canonização “tem muitas dimensões”. “Desde logo, chamou a atenção para a vida indizível dos Pastorinhos. Eles não eram heróis famosos, não tinham a popularidade dada pelas redes sociais. Eram crianças simples que viviam o seu cotidiano, numa total entrega a Deus”.

“Em segundo lugar – assinalou –, significa uma valorização da infância e da sua dignidade própria, algo que o Papa acentuou na oração Regina Coeli, no domingo seguinte. Às vezes olhamos a infância como uma idade de passagem e não a valorizamos totalmente”.

Além disso, indicou que “há uma clara valorização e, ao mesmo tempo, desmistificação sobre o valor da santidade”.

“Não é preciso ser-se um herói ou viver em clausura para se ser santo. A santidade do cotidiano, a santidade do povo foi muito sublinhada. Tudo isto dá a responsabilidade ao Santuário para ser uma escola de santidade”, completou.

Em março deste ano, quando foi anunciado o reconhecimento pontifício do milagre atribuído Jacinta e Francisco, Dom António Marto declarou que o “Centenário não estaria completo sem a canonização” dos pastorinhos.

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