Por ocasião da preparação para o Sínodo sobre os jovens, convocado pelo Papa Francisco para 2018, no Chile será lançado o livro “Uma fé que encanta e embora doa, não assusta”, da jornalista católica Trinidad Ried.

À luz do Catecismo da Igreja Católica e em um formato de perguntas e respostas, este trabalho tem o objetivo de responder em uma linguagem próxima às perguntas que muitos jovens têm sobre a fé.

Segundo a autora, o livro “pretende ser a ponta de uma flecha para renovar a fé de muitos jovens” e uma contribuição ao Sínodo dos jovens e à visita do Papa Francisco ao Chile.

Trinidad Ried é casada, mãe de 6 filhos e jornalista da Pontifícia Universidade Católica do Chile. É fundadora, junto com a sua família, do Colégio Santa Cruz de Chicureo, e há mais de 20 anos trabalha na área da educação, comunicação e transmissão da fé.

Em declarações ao Grupo ACI, Ried assinalou que os jovens de hoje “estão sendo muito desafiados, porque aparecem ter muitas oportunidades, mas na verdade, estão muito sozinhos”.

“Muitas vezes não têm um propósito maior do que se divertir e a maioria deles, conscientes ou não, estão vivendo uma insatisfação dentro de si”, manifestou.

Por outro lado, observou Ried: “Mais do que qualquer outra geração, eles estão ‘infoxicados’, ou seja, cheios de informações, de barulho, Whatsapp, Instagram, Facebook e o que precisam é de algo que lhes permita filtrar tudo isso e descobrir como navegar nesse mar de incerteza”.

Nesse sentido, “a fé entendida como esta experiência diária, permanente, de dar um sentido além da visão ou da compreensão mundana que estamos vivendo, é a melhor resposta que os jovens podem ter atualmente”.

“A fé é o que pode dar aos jovens de hoje esse entusiasmo, essa paixão pela vida, para seguir lutando, essas são características próprias da juventude, mas que de alguma forma atualmente é reduzida devido à falta de propósitos e transcendência”, assinalou.

Em relação ao Sínodo dos Bispos sobre os jovens, Ried comentou que o Papa Francisco receberá o seu livro em novembro deste ano.

Ried disse ao Grupo ACI que o seu livro procura mostrar que, como Igreja, “somos capazes de dialogar e considerar a sua maneira de perceber a realidade, levando muito em consideração as suas opiniões e, sobretudo, assumindo esta responsabilidade e trabalhando juntos”.

Para criar vínculos com os jovens, “a Igreja deve ser um grande lugar de escuta, de respeito e de amor. E esse amor deve ser eficaz e afetivo, que eles possam senti-lo, saboreá-lo, que não só o declaremos, mas que realmente sintam o nosso amor a eles”, concluiu.

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