O Santuário de Fátima anunciou que irá disponibilizar 50 mil euros para ajuda de emergência aos atingidos pelos incêndios do último domingo, que deixaram ao menos 38 mortos e 62 feridos em Portugal.

O anúncio foi feito pelo Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, que reforçou o apelo para que o governo tome medidas a fim de evitar situações como esta, a qual classificou de “calamidade nacional”.

“O Santuário de Fátima não poderia ficar indiferente diante da catástrofe que afetou particularmente a diocese de Leiria-Fátima. Felizmente não houve vítimas mortais entre nós, mas 80% do Pinhal de Leiria ardeu, bem como algumas casas e quintais, com elevados danos materiais”, disse à Sala de Imprensa do Santuário.

O Prelado expressou sua plena solidariedade às vítimas, bem como aos familiares dos falecidos, e também deixou uma palavra de conforto aos bombeiros e a “todo o povo que tem contribuído com todas as suas forças” para combater o fogo.

De acordo com o Bispo, as populações “têm feito o possível para apagar os fogos e não se pode acusar de não terem feito tudo o que estava ao seu alcance”.

Entretanto, ressaltou, “o que tem faltado são medidas concretas de combate aos incêndios e está na hora de passar das palavras aos atos”.

“É urgente que passemos à ação concreta e por isso renovo o meu apelo ao Senhor Presidente da República para que assuma esta causa nacional e faça convergir a ação de todos pela defesa do bem comum, reunindo todas as instâncias necessárias para a prevenção e o combate aos incêndios” concluiu.

Em agosto, Dom Marto já havia feito um apelo ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, para que “mobilize energias” e “não deixe cair no esquecimento” as vítimas de incêndios no país.

“Deixo um apelo em nome pessoal ao presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para que com a sua responsabilidade, arte de diálogo e capacidade de fazer consensos, seja ele a assumir esta mobilização de energias e não deixe cair no esquecimento esta causa”, expressou.

Na ocasião, o Prelado afirmou que é importante “criar sinergias” nas diferentes instâncias de “uma forma concertada e, para isso, é preciso despartidarizar um problema que é uma causa nacional e não permitir que ninguém o instrumentalize”.

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