Em um recente artigo sobre a Semana Nacional da Vida, o Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Dom Fernando Arêas Rifan, convocou todos a lutar “pela vida, contra o aborto”.

No texto, o Prelado afirma que “diante da atual banalização da vida e de opiniões favoráveis ao aborto, defendido por inúmeras pessoas influentes, é importante lembrar que a Igreja compreende as situações difíceis que levam mães a abortar, mas, por uma questão de princípios, defende com firmeza a vida do nascituro”.

Dom Rifan cita a encíclica Evangelium Vitae, de São João Paulo II, na qual o Pontífice expressa ser “verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer”.

Entretanto, sublinha o Papa polonês no documento, “essas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente”.

Em seguida, como lembra Dom Rifan, “usando da prerrogativa da infalibilidade, o Papa define: ‘Com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e aos seus sucessores, em comunhão com os Bispos – que de várias e repetidas formas condenaram o aborto e que... apesar de dispersos pelo mundo, afirmaram unânime consenso sobre esta doutrina – declaro que o aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente”.

A Encíclica completa que “tal doutrina está fundada sobre a lei natural e sobre a Palavra de Deus escrita, é transmitida pela tradição da Igreja e ensinada pelo Magistério ordinário e universal”.

Nesse sentido, Dom Fernando Rifan convida todos a agradecer “ao Criador pelo dom da vida que nos deu” e renovar “o nosso compromisso de lutar pela vida daqueles que, como nós fomos também, ainda não têm voz, mas que são chamados a um dia agradecerem a Deus por tão grande dom”.

A Semana Nacional da Vida é promovida pela Comissão para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os dias 1º e 7 de outubro, culminando no Dia do Nascituro, em 8 de outubro.

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