Durante um encontro em Roma sobre os cristãos perseguidos no Iraque, com o título “Volta às raízes: Cristãos na Planície de Nínive”, do qual participaram o Patriarca da Babilônia dos Caldeus, Sua Beatitude Louis Raphael I Sako, e o Arcebispo de Mossul, Dom Yohanna Petros Mouche, o Cardeal Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, pediu que se reconstrua a sociedade iraquiana e continue a luta contra o terrorismo.

Além disso, o Cardeal Parolin assegurou que “o Santo Padre segue com particular preocupação desde o início a dramática situação de milhares de famílias que tiveram que abandonar as próprias cidades e povoados por causa da invasão do autoproclamado Estado Islâmico, desde junho de 2014”.

O Secretário de Estado interveio nesta iniciativa organizada pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, na Pontifícia Universidade Lateranense, que não deixou de defender os cristãos em várias ocasiões, reiterando a necessidade de favorecer seu regresso, de assegurar medidas de proteção adequadas e o respeito aos seus direitos.

“Em vários foros internacionais e nos encontros de alto nível, a Santa Sé não cessa de reiterar que a presença dos cristãos é fundamental para um Oriente Médio pacífico, estável, plural, a que ofereceu sua contribuição ao longo dos séculos”.

Durante sua intervenção, o Cardeal Parolin destacou a importância “de tutelar a presença e os direitos dos cristãos através de instrumentos jurídicos adequados; o direito ao regresso das pessoas deslocadas e dos refugiados, assegurando condições adequadas de segurança”.

Também ressaltou “o respeito à liberdade religiosa e, sobretudo, a aplicação do conceito de cidadania, que implica igualdade nos direitos e nos deveres”.

“É necessário enfrentar o fenômeno do terrorismo em suas causas e favorecer o diálogo inter-religioso, o conhecimento recíproco e a educação”, acrescentou.

Sobre o regresso dos cristãos à Planície de Nínive depois de ter sido libertada recentemente do ISIS, o Purpurado afirmou que “a reconstrução das casas e dos povoados é o primeiro e fundamental requisito para a volta dos cristãos a suas terras”. Mas também a reconstrução da própria “sociedade iraquiana”, para “promover sua convivência harmoniosa e pacífica”.

Sobre isso, “os cristãos têm um missão específica de ser artífices de paz, reconciliação e desenvolvimento”. “Os cristãos não querem ser uma ‘minoria protegida’ ou tolerada”, mas “cidadãos cujos direitos sejam defendidos e garantidos junto a todos os outros cidadãos”.

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