Por ocasião do Dia do Catequista, a ser celebrado no próximo domingo, 27 de agosto, Dom José Antônio Peruzzo incentivou os catequistas a fazerem como os discípulos no episódio da multiplicação dos pães, que receberam de Jesus para dar às multidões.

O Arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral Bíblico Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escreveu uma mensagem aos catequistas na qual expressa “uma palavra de gratidão em nome dos Bispos do Brasil” e encoraja “à perseverança”.

Segundo o Prelado, o que confere sentido às linhas de sua carta são as “tantas experiências de amor, de dor, de cruz e de vitórias”.

“Lembra aquele catequizando(a) repleto de muitas carências, que esboçou um sorriso tímido ao receber seu gesto de ternura de catequista? É bem possível que a Catequese seja um dos poucos ambientes em que alguém lhe manifestou afeto. E Você Catequista estava lá para amar aquele(a) que Deus queria abraçar”, sublinhou.

De acordo com ele, tais gestos, “nem Deus nem o catequizando vão esquecer. Se por um lado houve caminhos espinhosos, por outro, quão belas devem ter sido aquelas experiências de amor gratuito!”.

Dom Peruzzo, então, recordou “um excelente catequista de outros tempos”, o evangelista São Mateus. “Em Mt 14,14 ele destacou que ‘Jesus, ao ver a grande multidão, sentiu compaixão...’, citou, para recordar a passagem da multiplicação dos cinco pães e dois peixes, quando os discípulos, “preocupado com suas próprias impossibilidades, ouviram do seu Senhor: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’”.

“Eles perceberam que lhes faltava quase tudo. ‘Só temos cinco pães e dois peixes’. Ainda outros instantes e eis aqueles que tinham ‘só cinco pães’ a oferecer da imensa generosidade amorosa do Senhor”, descreveu.

Então, “o evangelista com sensibilidade catequética completou: ‘Ele deu aos discípulos, e os discípulos às multidões’ (14,19)”.

Com base nesta passagem, o Bispo incentivou os catequistas a fazerem “um pequeno exercício de imaginação”, recordando “quão grandes são as necessidades das nossas comunidades, dos nossos catequizandos, das suas famílias” e também pensando “nas nossas pequenezas”.

Em seguida, encorajou a falar para o Senhor “só o que temos”, pois “Ele aguarda nossa palavra”, assim como os catequizandos “estão a observar nossos gestos”.

“Não precisamos oferecer do que não temos. Mas do que o Senhor tem a nos dar, dos seus dons, destes podemos transbordar. Vale lembrar que ‘Ele deu aos discípulos, e os discípulos às multidões’”, declarou.

Assim, convidou a escolher “a voz do Senhor”, “quando as forças faltarem, se as motivações diminuírem, se as desilusões lhe cansarem”. “Ouça-o. Ele não deixará os seus escolhidos sem respostas. Como no caso dos discípulos, não lhes tirou nada, e lhes deu tudo”, completou.

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