O Papa Francisco lamentou a morte do Cardeal Ivan Dias, Arcebispo Emérito de Mumbai (Índia) e prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos, que ajudou de forma essencial na reconstrução da Igreja na Albânia após o comunismo.

“Profundamente entristecido ao receber a notícia da morte de seu querido irmão, ofereço minhas mais sinceras condolências a você e à família Dias”, afirma o Santo Padre.

“Recordo com gratidão os últimos anos do Cardeal de confiante serviço à Sé Apostólica, especialmente sua contribuição à reconstrução espiritual e física da Igreja sofredora na Albânia e o zelo missionário demonstrado em seu trabalho como Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos”, assinalou o Pontífice em seu telegrama de condolências dirigido ao irmão do Cardeal.

Francisco expressou seu desejo de “unir minhas orações às dos fiéis da Arquidiocese de Mumbai, onde sua preocupação pastoral e sua ampla visão apostólica que marcaram e caracterizaram seu serviço como Arcebispo são recordadas com afeto”.

“Uno-me em oração a todos aqueles que choram a sua perda na certeza da esperança da Ressurreição. Encomendo a alma deste sábio e gentil pastor ao amor misericordioso de Deus nosso Pai celestial, e cordialmente dou a minha Bênção Apostólica como promessa de consolo e paz no Senhor”, concluiu.

O Cardeal Ivan Dias nasceu em Mumbai, Índia, em 14 de abril de 1936 e recebeu a ordenação sacerdotal na mesma cidade em 8 de dezembro de 1958.

Estudou na Pontifícia Academia Eclesiástica de Roma entre 1961 e 1964. Formou-se em Direito Canônico em 1964 na Pontifícia Universidade Lateranense de Roma.

Em 1964, trabalhou na Secretaria de Estado para preparar a visita do Papa Paulo VI a Mumbai por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional.

Entre 1965 e 1973, foi secretário da Nunciatura Apostólica da Dinamarca, Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia, Indonésia, Madagascar, Ilha da Reunião, Ilhas Comores e Maurícios.

Entre 1973 e 1982, foi chefe de seção na Secretaria de Estado para a União Soviética, os Estados Bálticos, Bielorrússia, Polônia, Bulgária, China, Vietnã, Laos, Camboja, África do Sul, Namíbia, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue, Etiópia, Ruanda, Burundi, Uganda, Zâmbia, Quênia e Tanzânia.

Em 8 de maio de 1982, recebeu a nomeação como Arcebispo titular de Rusubisir e Pró-Núncio Apostólico em Gana, Togo e Benin. Em 19 de junho do mesmo ano, recebeu a ordenação episcopal na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Entre 1987 e 1991, foi Pró-Núncio Apostólico na Coreia do Sul. Entre 1991 e 1997, foi Núncio Apostólico na Albânia, onde contribuiu decisivamente para a reconstrução da comunidade cristã após o comunismo.

Como Núncio Apostólico, teve a grande alegria de acolher o Papa João Paulo II por ocasião da histórica visita à Albânia em 25 de abril de 1993. Na Catedral de Scutari, o Papa ordenou quatro bispos, reconstituindo a hierarquia eclesiástica duramente golpeada pelo regime ateu.

Em 8 de novembro de 1996, foi nomeado Arcebispo de Mumbai e, em 13 de março do ano seguinte, tomou posse da Diocese. Em outubro de 2001, foi presidente delegado da 10ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos e, em 20 de maio de 2006, foi nomeado pelo Papa Bento XVI prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cargo que exerceu até o dia 10 de maio de 2011.

Ao mesmo tempo, também foi Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Urbaniana. Participou no conclave de abril de 2005 que elegeu o Papa Bento XVI e no conclave de março de 2013 que elegeu o Papa Francisco.

O Papa João Paulo II o criou Cardeal no Consistório de 21 de fevereiro de 2001.

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