Cristina Jadaar, uma menina cristã iraquiana sequestrada por três anos pelo grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS ou Daesh), foi libertada no dia 9 de junho e já está com seus pais e suas familiares.

Segundo informou a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), que oferece assistência econômica e religiosa aos cristãos refugiados na região, a libertação aconteceu graças à colaboração de um muçulmano, que estava com Cristina vivendo em sua casa junto com seus dez filhos e sua família, em Mossul.

Em 22 de agosto de 2014, Cristina e sua família foram obrigados pelos terroristas do Estado Islâmico a abandonar sua casa em Qaraqosh e entrar em um ônibus, para um suposto reconhecimento médico. Uma vez dentro do veículo, um membro do ISIS arrancou a menina dos braços de sua mãe, Ainda.

Apesar das súplicas de Ainda, o terrorista se negou a devolver a menina e ameaçou matar toda a família.

A família Jadaar, entretanto, nunca perdeu a fé. Após o sequestro de sua pequena filha, Ainda manifestava: “Creio e confio em Deus Pai. Para Ele nada é impossível. Sei que me devolverá”.

Assim como Cristina, outras meninas sequestradas pelo Estado Islâmico começaram a ser liberadas e regressaram para suas famílias.

A família de Cristina vive em um contêiner, na periferia do bairro Ankawa, em um centro de refugiados sustentados pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, em Erbil.

Desde outubro de 2016, um esforço conjunto do exército iraquiano e da milícia curda peshmerga tem conseguido tirar do controle do ISIS a região de Nínive.

No primeiro mês, recuperaram diversos povoados cristãos, como Qaraqosh, mas desde novembro combatem para recuperar Mossul, uma das maiores cidades do país, tomada pelo Estado Islâmico desde 2014.

Atualmente, o exército iraquiano e a milícia peshmerga têm o controle total do lado leste da cidade, enquanto o Estado Islâmico mantém o controle de quatro distritos na zona oeste.

A Fundação ACN explicou que, a medida que as forças iraquianas retomam o controle de Mossul e a libertam dos terroristas, “as vizinhanças vão recuperando um pouco a normalidade”.

“Este homem muçulmanos de Mossul, no Iraque, avisou a um grupo de amigos seus cristãos que tinha alojada em sua casa uma menina cristã da Planície de Nínive. Assim, entraram em contato com a família Jadaar”, explicou ACN.

“Um tio da pequena foi até Mossul para identificar a menina à noite, diante do medo de que esta notícia fosse uma nova armadilha dos terroristas do Daesh”, acrescentou.

A família Jadaar, indicou ACN, enviou uma mensagem de agradecimento a todos os cristãos de todo o mundo que sabiam da história de Cristina e rezaram por sua libertação durante esses três anos.

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