O Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia, fez uma reflexão especial após um tumulto que ocorreu nessa cidade italiana durante a final da Champions League, no sábado, 3 de junho.

Na final da Champions League, a equipe espanhola do Real Madrid venceu por 4 a 1 a Juventus, de Turim.

No sábado, 3 de junho, enquanto assistiam ao jogo em telões na Praça San Carlo em Turim, espalhou-se o pânico entre a multidão calculada em cerca de 30 mil pessoas, ocasionando uma correria que deixou centenas de feridos.

O prefeito de Turim assinalou em um comunicado que as pessoas foram “presas do pânico, diante da psicose de um suposto atentado terrorista”, quando na verdade o que aconteceu foi a explosão de um rojão.

Sobre o ocorrido, o Arcebispo de Turim disse à Rádio Vaticano que “uma competição esportiva deveria ser ocasião de encontro alegre, de desafio, desenvolvida também com o antagonismo dos atletas, mas cheia de valores humanos, civis, sociais, que devem ser respeitados por todos, tanto jogadores como torcedores”.

“Ao contrário e com frequência – sabemos disso – se convertem em ocasião de atos de vandalismo e desencontro, porque sempre há grupos de meliantes que se organizam para gerar confusão”, prosseguiu.

Para o Arcebispo, é “necessário, por isso, educar, em particular os jovens, para estar juntos no respeito às regras. Também é preciso isolar os grupos violentos e tomar precauções. Entretanto, também é certo que a praça estava cheia de detritos e garrafas, também de álcool vendido abusivamente e que foi, em seguida, a causa de tantos feridos”.

“O medo está crescendo entre as pessoas. Falta pouco para desencadear comportamentos arrebatados, irracionais. Devemos recuperar a coragem civil de viver juntos”, incentivou o Prelado.

“Não basta se lamentar e indignar diante de certas tragédias. Agora, aqui em Turim, todos têm algo a dizer, conselhos a oferecer, recriminações contra isso ou aquilo”.

Na opinião do Arcebispo de Turim, o que se necessita agora é que “todos assumamos nossas responsabilidades, sem culpar um ou outro pelo ocorrido. Se realmente sentimos a cidade como nossa, rejeitemos comportamentos ilegais, começando com nossa vida cotidiana, fazendo o que cabe a nós”.

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