O Bispo da Prelazia de Mindanao (Filipinas), Dom Edwin de la Peña, expressou a sua preocupação de que os terroristas islâmicos do grupo Maute usem os reféns cristãos sequestrados na semana passada como escudos humanos para se protegerem do exército.

Na terça-feira, 23, os terroristas de Maute, grupo que jurou lealdade ao Estado Islâmico (ISIS), atacou a cidade de Marawi, na ilha filipina de Mindanao, e sequestrou um sacerdote, religiosas e vários fiéis que estavam rezando na Catedral no último dia da novena a Nossa Senhora Auxiliadora.

Em resposta, o presidente Rodrigo Duterte decretou a lei marcial nesta região predominantemente muçulmana. Além disso, o exército lançou uma ofensiva terrestre e aérea para retomar o controle total da cidade.

Em declarações recolhidas pela agência vaticana Fides, o Prelado disse que “não há negociações” e que as autoridades militares assinalaram que “não pretendem negociar com terroristas”.

“Estamos seriamente preocupados com Pe. Chito, ou seja, Pe. Teresito Suganob, e com outros 15 reféns católicos presos pelos terroristas. Não sabemos onde estão. Não acredito que os sequestradores queiram dinheiro, mas pretendem usá-los para salvar suas vidas. Penso que serão usados como escudos humanos”, expressou.

Sobre o assassinato de fiéis católicos ocorrido durante o ataque terrorista, Dom Edwin de la Peña informou foram detidos, amarrados e depois mortos nos arredores da cidade. “São extremistas violentos, não sabemos o que têm em mente. Estamos nas mãos de Deus”, afirmou.

No momento que tomaram a cidade, os mais de 500 terroristas içaram as bandeiras pretas do Estado Islâmico. O governo evacuou a maior parte dos 200 mil habitantes, entretanto, “algumas famílias ficaram presas no fogo cruzado e estão fechadas em suas casas”, informou a agência Fides.

Diante dessa situação, o Arcebispo de Cotabato, o Cardeal Orlando Quevedo, pediu orações “pela salvação dos reféns”. “Fazemos um apelo à consciência dos sequestradores para que não matem inocentes”, disse à Rádio Veritas. O Arcebispo desta cidade, também em Mindanao, pediu aos líderes muçulmanos locais para que ajudem a resolver pacificamente a crise dos reféns.

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