Neste domingo em que a Igreja celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor, também comemora o Dia Mundial das Comunicações Sociais, para o qual o Papa Francisco publicou uma mensagem em que convidou os comunicadores a exercerem seu trabalho de forma “construtiva”.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única celebração mundial estabelecida pelo Concílio Vaticano II e tem como objetivo chamar a atenção para o vasto e complexo fenômeno dos modernos meios de comunicação social existentes nos dias atuais.

O Papa Paulo VI foi o primeiro a comemorar o Dia Mundial das Comunicações, que aconteceu no dia 7 de Maio de 1967.

A data foi instituída com o decreto Inter Mirifica. Desde então, vem sendo celebrada em muitos países no domingo que antecede a Festa de Pentecostes. A mensagem do Papa para a ocasião é publicada, tradicionalmente, no dia 24 de janeiro, festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

Neste ano, a mensagem do Papa Francisco por ocasião do 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais tem como tema “‘Não tenhas medo, que Eu estou contigo’ (Is 43, 5). Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”.

No texto, o Pontífice exortou os comunicadores a rejeitar “os preconceitos contra o outro” e seguir um modelo que “promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade”.

O Santo Padre pediu que se transmita a “boa notícia”, ao romper “o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas ‘notícias más’ (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas)”.

Francisco ressaltou que “não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingênuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal”.

Entretanto, advertiu sobre os efeitos perniciosos de “um sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero”.

Segundo o Bispo de Roma, “para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o ‘Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus’”.

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