Um sacerdote em Burundi faleceu há alguns dias, depois de ter sido libertado pelos sequestradores que o maltrataram durante os dias que o mantiveram em cativeiro, o que prejudicou gravemente a sua saúde.

A agência vaticana Fides informou que o Pe. Adolphe Ntahondereye, vigário da Paróquia São Francisco Xavier, em Gatumba, na região oeste de Burundi, na fronteira com a República Democrática do Congo, morreu no dia 11 de maio, duas semanas após sua libertação.

Segundo o Arcebispo de Bujumbura, Dom Ngoyagoye Evariste, “o padre, que não deixou o leito do hospital onde foi internado depois de sua libertação, morreu por causa dos maus-tratos a que foi submetido e que agravaram seu precário estado de saúde”.

No dia 9 de abril, o Pe. Ntahondereye foi sequestrado com outras três pessoas depois de ser alvo de um atentado na estrada por um grupo de homens armados contra um ônibus, na altura da ponte Concorde, no rio Ruziz.

Os três homens sequestrados foram soltos após 17 dias de cativeiro, em 26 de abril.

Segundo uma das vítimas, Mathias Mijuriro, músico da orquestra nacional Nakaranga, o Pe. Ntahondereye sofreu muito durante o sequestro.

O companheiro de cativeiro do sacerdote afirma que os sequestradores obrigaram os prisioneiros a percorrer a pé longas distâncias nas montanhas próximas da cidade de Uvira, na vizinha República Democrática do Congo.

“Por causa do estresse acumulado, o sacerdote não conseguia mais caminhar. Nossos sequestradores tinham que ajudá-lo. Se eu não estivesse acostumado a caminhar a pé todos os dias o trajeto Gatumba-Bujumbura, eu também não teria resistido”, lamentou.

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