A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou ontem a notícia do falecimento de Dom Aniceto Wang Chongyi, Arcebispo Emérito de Guiyang, na província de Guizhou, na China, aos 97 anos, no dia 20 de abril.

O Prelado, que era um dos mais idosos na China, nasceu em 26 de outubro de 1919, na cidade de Huangguoshu, distrito de Zhenning em Guizhou, em uma família de tradição católica.

Ingressou no Seminário Menor de Guiyang aos 13 anos, em seguida, foi transferido para o Seminário Intermédio São Paulo e, logo após, ao Seminário Maior de São Pedro.

Foi ordenado sacerdote em 24 de outubro de 1949 e nomeado pároco de Meitan e Zunyi.

Ele foi preso durante a revolução cultural e obrigado a realizar trabalhos em Zhenning durante nove anos. Em 4 de dezembro de 1988, foi ordenado Arcebispo Guiyang.

“Com zelo apostólico guiou o povo de Deus a ele confiado. Pastor generoso, preparava com cuidado os compromissos pastorais. Ele é lembrado  pela sua gentileza e pela grande nobreza”, disse o comunicado da Santa Sé.

Em 8 setembro de 2014, apresentou a renuncia ao ofício episcopal, a qual foi acolhida pelo Papa Francisco em 4 de março de 2015. Havia deixado a condução da Arquidiocese ao seu Coadjutor, Dom Paolo Xiao Zejiang, por ele consagrado em 8 de setembro de 2007.

A Arquidiocese de Guiyang tem atualmente 23 sacerdotes e mais de 40 religiosos para pastorear cerca de 100 mil fiéis.

O funeral do Bispo Wang Chongyi foi no dia 22 de abril, na Catedral de Guiyang.

Igreja na China

A China permite o culto católico unicamente à Associação Patriótica Católica Chinesa, subordinada ao Partido Comunista da China, e rejeita a autoridade do Vaticano para nomear bispos ou governá-los.

A Igreja Católica fiel ao Papa não é completamente clandestina, embora seja assediada constantemente.

As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano se romperam em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros.

Há alguns anos, a Santa Sé trabalha em um acordo para o restabelecimento das relações diplomáticas com a China, uma aproximação incentivada pelo Papa Francisco.

Em agosto de 2014, enquanto se dirigia para a Coreia do Sul, o Santo Padre enviou um telegrama ao presidente da China, Xi Jinping, quando seu avião sobrevoou o espaço aéreo do país para lhe expressar seus melhores desejos.

O fato de que o Papa tenha recebido a permissão para sobrevoar o espaço aéreo chinês foi considerado como um pequeno avanço. O Papa João Paulo II teve que evitar o espaço aéreo deste país durante suas viagens à Ásia.

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