No domingo, 23 de abril, o escritório de Informação da Arquidiocese de Caracas desmentiu as informações de uma suposta reunião entre o Núncio Apostólico na Venezuela, o Cardeal Jorge Urosa, o Superior Geral dos Jesuítas e alguns membros do governo.

No comunicado, a Arquidiocese assinalou que "a informação a respeito de uma suposta reunião na Nunciatura Apostólica entre o Senhor Núncio Aldo Giordano, o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, e o Pe, Arturo Sosa, Superior Geral dos Jesuítas com importantes lideres do Governo na noite da sexta-feira, 21 de abril, é totalmente falso".

"Essa reunião nunca aconteceu", precisa o texto.

"Mensagens falsas são negativas, desinformam e geram problemas", lamenta nota da Arquidiocese de Caracas.

Em seguida, o comunicado precisa que a Venezuela precisa "trabalhar pela paz e pela defesa dos direitos constitucionais do povo".

A Arquidiocese exorta também a "rezar a Deus para que os venezuelanos possamos resolver os nossos problemas de forma pacífica e democrática".

Grave crise

O comunicado surgiu um dia depois da "Marcha de silêncio" organizada pela oposição, na qual fizeram uma homenagem aos falecidos nos últimos dias durante as manifestações realizadas no país.

Uma grande quantidade de pessoas chegou à sede da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) e rezou pelo país, ao lado de fora do recinto.

Por sua parte, Diosdado Cabello, ex-deputado e primeiro vice-presidente do Partido Unido da Venezuela (PSUV), acusou a oposição de cometer atos violentos e convidou para uma concentração neste domingo para reiterar o apoio ao Presidente Nicolás Maduro, informa a BBC.

A oposição, por sua parte, convocou para hoje um "bloqueio" das principais estradas do país a fim de insistir no apelo às eleições e exigir a libertação dos presos políticos.

Na terça-feira, 18 de abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou as suas previsões económicas para este ano e para 2018.

No caso da Venezuela - que enfrenta uma grave escassez de alimentos e medicamentos -, o organismo internacional assinalou que no final do ano a inflação chegaria a 720% e em 2018 até 2.068%.

Além disso, indicou que a sua economia fechará 2017 com uma redução de 7,4%.

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