Dezenas de diretores e vice-diretores de escolas e instituições educacionais em Arequipa, sul do Peru, expressaram o seu rechaço ao Currículo Nacional promovido pelo governo, por conter “postulados da ideologia de gênero”.

Em um comunicado difundido pela imprensa local, as autoridades educacionais expressaram “o seu protesto pelo novo Currículo Nacional da Educação Básica e pelos livros de tutoria que serão utilizados este ano em todos os colégios do Peru”.

O Currículo Nacional da Educação Básica 2017 foi aprovado pelo Ministério da Educação no final do ano passado, em meio a críticas por incluir a ideologia de gênero.

Em 23 de janeiro deste ano, em um comunicado, a Conferência Episcopal peruana disse que “é urgente a supressão do novo Currículo Nacional daquelas noções provenientes da ideologia de gênero”.

O governo negou diversas vezes que o Currículo Nacional incluía a ideologia de gênero nos seus conteúdos.

Em 4 de março, de acordo com os seus organizadores, mais de um milhão e meio de peruanos marcharam nas 24 regiões do país contra a inclusão desta ideologia na educação das crianças.

Os diretores e vice-diretores das escolas em Arequipa advertiram que tanto o Currículo Nacional como os livros de tutoria, que serão usados na educação dos menores durante este ano “têm como objetivo principal, deformar a consciência de meninos e meninas, fazendo-os acreditar que o sexo biológico é irrelevante e que todos podem construir a sua identidade sexual, e mudá-la no decorrer do tempo, independentemente do seu sexo”.

“Estes e outros são postulados da ideologia de gênero, que promove a homossexualidade e o aborto”, asseguraram.

Estas ideias, advertiram, “atentam gravemente a dignidade das crianças e o direito dos pais de escolher a educação que querem para os seus filhos, entre outros direitos humanos fundamentais”.

As dezenas de autoridades educacionais indicaram: “Não queremos que os nossos alunos sejam colonizados com a ideologia de gênero, que também é alheia à nossa identidade nacional”.

“Nós queremos educá-los com base em uma antropologia correta, respeitosa da lei natural e da dignidade humana”, concluíram.

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