O Arcebispo de Medellín, Dom Ricardo Tobón Restrepo, pediu para não politizar a visita do Papa Francisco à Colômbia e destacou que se trata de um “acontecimento religioso e pastoral”.

Em um comunicado divulgado no dia 13 de março, Dom Tobón Restrepo, assinalou que “deve ficar claro que a visita do Santo Padre não pode ser considerada como um evento político, mas como um acontecimento religioso e pastoral”.

“Convém evitar que ocorra algum tipo de manipulação com fins ideológicos ou propagandísticos”, disse.

Em uma coletiva de imprensa nas instalações da Conferência Episcopal da Colômbia, em 10 de março, o Núncio Apostólico no país, Dom Ettore Balestrero anunciou que a visita do Santo Padre acontecerá entre os dias 6 e 11 de setembro deste ano.

“Acolhendo um convite do presidente da República e dos bispos colombianos, Sua Santidade o Papa Francisco vai realizar uma viagem apostólica à Colômbia, entre os dias 6 a 11 de setembro deste ano, visitando as cidades de Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena”, disse Dom Balestrero e indicou que o programa oficial será publicado em breve.

Em seu comunicado, o Arcebispo de Medellín pediu que a visita do Papa não seja “ocasião para privilegiar algum setor ou movimento da sociedade ou para apresentar propostas específicas ou interesses pessoais”.

“Devemos acolher a visita do Papa como um momento de graça, no qual todos somos chamados a revisar a nossa vida, a compreender a vontade de Deus para cada um de nós e a caminhar nessa direção”.

O Prelado destacou que “do dia 6 a 10 de setembro, quatro cidades da Colômbia serão a cátedra de Pedro”.

“A missão de Pedro é confirmar os seus irmãos na fé e esta missão deve durar até o fim do mundo. Portanto, os Apóstolos tiveram o cuidado de estabelecer sucessores que continuassem a obra. Desta forma, através do Bispo de Roma perdura Pedro”, indicou.

Dom Tobón Restrepo destacou que Francisco, “ao querer visitar a Colômbia, se propõe a nos incentivar no caminho da fé, ajudar-nos a viver em unidade e mostrar-nos horizontes de esperança para o futuro”.

“Devemos nos comprometer para que a visita impulsione processos de discipulado missionário que nos transforme, como ensina o próprio Papa, em uma ‘Igreja em saída’ para os necessitados e para aqueles que estão nas ‘periferias existenciais’”.

Além disso, o Prelado ressaltou que a visita do Santo Padre “é à Colômbia e a todos os colombianos” e sublinhou que “o Papa, a partir do Evangelho, tem uma mensagem para todos os homens e mulheres de boa vontade”.

“A Colômbia está passando por um momento de polarização, consequência de muitos anos de violência e muitos ataques contra a verdade”, disse e lamentou que os colombianos “sentimos que perdemos a confiança nas pessoas, instituições e projetos”.

“O individualismo, a corrupção e a agressão estão secando a alma. Por isso, todos nós precisamos da reflexão que o Papa trata a respeito da reconciliação, da justiça, da solidariedade e da paz”.

Dom Tobón Restrepo indicou que a visita do Papa a Medellín encherá os seus habitantes de “alegria e gratidão” e ao mesmo tempo os convidará à “responsabilidade”.

“Devemos ser os primeiros a ler o que Deus nos diz neste momento da história e a nos comprometermos a fazê-lo para o bem de todo o país”, incentivou.

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