A opositora Martha Beatriz Roque denunciou que os agentes da Segurança do Estado de Cuba prenderam na manhã de quinta-feira a líder das Damas de Branco, Berta Soler, ao sair de sua casa em Havana.

Através da sua conta de Facebook, Beatriz Roque assinalou que Soler foi presa quando saia da sede das Damas de Branco às 10h e foi levada para a delegacia de polícia Alamar.

Em seguida, em declarações à Rádio Martí, Roque informou que isto ocorreu quando a líder das Damas de Branco se preparava para ir à sessão de Internet da qual ambas participam a cada quinta-feira.

“Ela nem sequer foi vestida de branco, não se sabe por que ela foi presa e temos a incerteza”, assinalou.

Além disso, denunciou que na sede das Damas de Branco “mantêm permanentemente um operativo” de vigilância com vários “oficiais da Segurança do Estado tomando conta”.

A prisão de Soler ocorreu depois de uma entrevista ao jornal colombiano ‘El Tiempo’, na qual ela pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que condicione as conversas com Cuba a respeito das liberdades e da realização de eleições livres, e não faça como Barack Obama, que “empoderou o regime” de Raúl Castro.

Acontece também um mês depois da prisão violenta de Eduardo Cardet, coordenador nacional do Movimento Cristão Libertação (MCL).

O movimento fundado por Oswaldo Payá denunciou que o regime quer prender o seu líder argumentando delitos comuns, quando na verdade o objetivo é interromper o seu trabalho de democratização de Cuba. Além disso, indicou que se trata de uma represália pelas suas críticas ao legado de Fidel Castro, falecido no dia 25 de novembro.

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