A Organização Democrata Cristã da América (ODCA) exigiu na última terça-feira que o governo de Cuba liberte “imediatamente” o coordenador nacional do Movimento Cristão Libertação (MCL), Eduardo Cardet, a quem pretende condenar “a 15 anos de prisão por seu trabalho como líder opositor e por ter criticado o legado de Fidel Castro”.

Através de uma declaração pública, o organismo continental se pronunciou ante a detenção violenta de Cardet em 30 de novembro, durante os funerais de Fidel Castro.

“Exigimos a libertação imediata de Eduardo Cardet, líder do Movimento Cristão Libertação e Vice-presidente da ODCA, que se caracterizou por liderar um movimento social e político que luta pacificamente pela democracia e mais liberdade para Cuba”, expressou o texto.

A ODCA alertou que “este novo impulso à repressão da dissidência política” é “um mecanismo para amedrontar o Movimento Cristão Libertação (MCL) e bloquear a iniciativa ‘Um Cubano, um Voto’, que apresentaram diante da Assembleia Nacional do Poder Popular em Havana e que está sendo entregue a todos os deputados cubanos”.

Nesse sentido, recordou ao regime de Raúl Castro que “no dia 10 de dezembro será comemorado 68 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos com o voto favorável de Cuba e outros 47 Estados membros”.

“Nesse contexto, formulamos um apelo às autoridades cubanas a respeitar os direitos humanos, as liberdades civis e políticas e a integridade física dos dirigentes políticos dissidentes, tal como consta nesse compromisso internacional”.

Antes de concluir a sua declaração, a ODCA reiterou sua esperança de que, “ao começar um novo tempo em Cuba, acabe a repressão e a violência contra os opositores e que as autoridades gerem os espaços para o diálogo e a participação do povo cubano na definição de seu próprio futuro”.

“O respeito pleno aos Direitos Humanos e o reconhecimento das liberdades públicas seria um passo importante para avançar a uma sociedade tolerante, plural e de respeito mútuo”, afirmou.

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