O Papa Francisco, em sua catequese da Audiência Geral desta quarta-feira, falou sobre a esperança de que o mundo necessita hoje.

“A vida é muitas vezes um deserto, é difícil caminhar dentro”, reconheceu o Santo Padre, ressaltando que “se confiarmos em Deus pode ser bela e ampla, como uma avenida. Basta não perder jamais a esperança mas continuar a crer, sempre, apesar de tudo”.

O Pontífice exortou a ser pequenos, mas grandes na fé, porque “são os pequenos que se tornaram grandes pela fé, os pequenos que sabiam continuar a esperar. São eles que transformam o deserto do exílio, da solidão, do sofrimento, em um caminho plano no qual caminhar em direção da glória do Senhor”.

“Esperemos a vinda do Senhor e, seja qual for o deserto de nossas vidas, se transformará num jardim florido”, afirmou na Sala Paulo VI do Vaticano.

Com esta catequese, Francisco começou um novo ciclo sobre o tema da esperança cristã “e agora, especialmente neste tempo do Advento, é importante refletir sobre a esperança”.

A partir da leitura do livro do profeta Isaías e da passagem do Evangelho no qual João Batista batiza no rio Jordão, o Papa refletiu sobre a esperança no deserto, quando, como o povo de Israel na Babilônia, “nos sentimos exilados e longe de nossa pátria”.

O Bispo de Roma assinalou que vivemos em um tempo no qual reina a desesperança. “Sentimo-nos necessitados nestes tempos que aprecem escuros, onde, às vezes, sentimo-nos perdidos frente ao mal e à violência que nos rodeiam, diante da dor de tantos de nossos irmãos”.

“Sentimo-nos perdidos e também um pouco desanimados, porque nos encontramos impotentes e nos parece que esta escuridão não vai terminar nunca”.

Mas, frente a esses sentimentos, “não deixemos que a esperança nos abandone, porque Deus, com o seu amor, caminha conosco, não nos deixa sós; o Senhor Jesus venceu o mal e nos abriu o caminho da vida”, recordou.

“A consolação, para o povo, começa com a possibilidade de caminhar pelo caminho de Deus, um caminho novo e transitável, um caminho para atravessar o deserto, para poder atravessá-lo e regressar a nossa pátria”, sublinhou

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