O Papa Francisco ficou emocionado ao escutar um grupo de detentos que lhe contavam como desejavam compartilhar a experiência do apóstolo São Paulo, que ficou preso em uma prisão de Roma ao ser perseguido por evangelizar.

O Santo Padre, que fez esta revelação durante a Audiência Geral, recebeu há alguns dias, em sua residência da Casa Santa Marta, um grupo de detentos de um centro penitenciário de Pádua (cidade da Itália) que tinham participado do Jubileu dos Encarcerados.

“Perguntei a eles o que fariam no dia seguinte, antes de retornar a Pádua. Disseram-me: ‘Iremos ao cárcere Mamertina para partilhar a experiência de São Paulo’. É belo... Ouvir isso me fez bem”, afirmou Francisco.

“Estes prisioneiros queriam encontrar Paulo prisioneiro, também ali, na prisão, rezaram e evangelizaram. É comovente o trecho dos Atos dos Apóstolos em que é relatada a prisão de Paulo: sentia-se só e desejava que algum dos amigos fosse lhe fazer uma visita. Sentia-se sozinho porque a grande maioria o havia deixado sozinho… o grande Paulo”, explicou comovido o Bispo de Roma.

Neste sentido, o Pontífice destacou a importância de visitar os encarcerados. “Não esqueçamos que Jesus e os apóstolos também passaram pela experiência da prisão”.

“Nos relatos da Paixão conhecemos os sofrimentos aos quais o Senhor foi submetido: capturado, arrastado como um criminoso, escarnecido, flagelado, coroado de espinhos… Ele, o único inocente! E também São Pedro e São Paulo estiveram na prisão”.

O cárcere Mamertina, conhecida também como cárcere Tullianum, é a prisão mais antiga da qual são conservados restos em Roma. Segundo o relato dos Atos dos Apóstolos, São Paulo esteve preso nela.

Atualmente, sobre o lugar onde se encontrava o cárcere, foi construída a igreja de São José dos Carpinteiros, do século XVII. Entretanto, é possível visitar o cárcere original e percorrer as celas onde o apóstolo permaneceu preso na parte subterrânea da igreja.

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