Muitas pessoas foram tocadas pela arte de Nellie Edwards, conhecida nos Estados Unidos pela sua dedicação à arte sacra, especialmente por uma pintura da Virgem Guadalupe denominada “Mãe da Vida”, que serviu para a conversão de muitas almas e como ajuda visual para diversas comunidades pró-vida.        

“Frequentemente, uma obra de arte evocadora serve como um trampolim para a conversão, suscitando um desejo para que uma pessoa possa se relacionar com Cristo, para aprender mais sobre Ele e a sua Igreja. Quero que todos os sacerdotes e os grupos pró-vida saibam que estou fazendo banners e telas da ‘Mãe da Vida’ com a esperança de que possam mover os corações e as mentes daqueles que até agora pensam no aborto como um direito”, disse Edwards ao ‘National Catholic Register’.

“A Igreja, desde seu início, evoca ajudas visuais para ensinar e inspirar os fiéis a grande devoção a Deus”, acrescentou.

Nos últimos anos, o trabalho de Edwards trouxe esperança à comunidade católica de seu país, pois muitos centros de ajuda para gestantes, grupos pró-vida e pessoas encontraram na ‘Mãe da Vida’ uma evocadora ajuda visual.

Um exemplo é o ministério National LIFE Runners, que reza, conscientiza e arrecada recursos econômicos em favor da vida.

“‘Mãe da Vida’ nos recorda o ‘Sim’ de Maria a Deus, seu dom de vida, e nos inspira a fazer a mesma coisa que ela fez”, expressou Pat Castle, fundador do National LIFE Runners.

Nellie Edwards também contou ao ‘Register’ a história de uma jovem que concebeu um filho depois de receber de presente a imagem “Mãe da Vida”, apesar não ter tido êxito em seu matrimônio.

“A mulher me procurou em um evento diocesano e me contou que seu esposo um dia lhe deu de presente uma imagem da ‘Mãe da Vida’ e, depois de recebê-la, sentiu muita paz. De alguma maneira, disse, tinha a certeza que teria um bebê, e logo o tiveram”, assegurou.

Além disso, recordou que um senhor chamado Steve Gignac ligou para ela recentemente de Connecticut (Estados Unidos) e disse ter sentido o chamado para presentear imagens da pintura “às pessoas que carregam cruzes muito pesadas”.

“Steve me contou que quando deu de presente a imagem a uma mulher que havia sofrido um aborto espontâneo, ela a colocou perto do seu coração e chorou, sentindo o amor de Jesus e de Maria de uma maneira que a encheu de paz”, disse.

Edwards, mãe de oito filhos e ativista pró-vida com uma longa trajetória, começou a se dedicar à arte sacra no começo dos anos 1950.

O Apostolado Mundial de Fátima aceitou seu livro dirigido às crianças que aborda sobre a Eucaristia, a fim de comemorar o centenário de Fátima. Além disso, outra pintura que ela fez de Nossa Senhora frente a São Domingos de Gusmão também aparece em um novo livro sobre o Rosário do Pe. Donald Calloway.

“Desde a infância, Deus pôs uma faísca em mim, o sonho de um dia ser pintora de belas artes. Como sou mãe de oito filhos, pensei em ser professora particular quando as crianças crescessem, mas isso nunca aconteceu”, lamentou.

Entretanto, em uma noite de 2007, teve a ideia de “fazer um retrato da Beata Catarina Tekakwitha”, agora Santa. “Enquanto o pintava, um sacerdote me chamou para dar uma palestra pró-vida em um congresso anual na Índia. Ele não sabia o que eu estava fazendo naquele momento, mas eu pensei que a obra deveria ter uma missão pró-vida”.

“Quando fiz a minha palestra, cinco meses depois, percebi que Deus queria que a comunidade indígena tivesse uma presença mais visível na causa pela vida. Senti-me muito abençoada quando a Conferência Nacional de Tekakwitha aprovou imediatamente a imagem, a qual intitulei de Holding to Faith (Sustentando a fé)”, acrescentou.

Outros seguidores da obra de Edwards, como o Bispo da Diocese de Fargo, em Dakota do Norte, Dom John Folda, dizem que é “uma bênção”.

“Tive o privilégio de conhecer Nellie Edwards e vi algumas das suas obras. Sua arte tem uma qualidade meditativa e transmite a beleza da pessoa humana. Acredito que necessitamos de artistas pró-vida como Nellie porque as artes fazem parte de nossa cultura”, assegurou o Prelado.

Dom Folda disse que se realmente se deseja construir uma cultura de vida neste tempo, “então, nossas artes devem refletir a santidade da vida”.

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“Muitas coisas que vemos atualmente nos meios de comunicação e nas artes degradam o valor da vida, por isso, é uma bênção encontrar artistas como Nellie, que possam expressar visualmente a graça de Deus e a beleza da vida”, assegurou.

Publicado originalmente National Catholic Register.

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