Mais de 5 mil pessoas pediram à Cristina Cifuentes, presidente da Comunidade de Madri, que retire a denúncia contra o Colégio João Paulo II de Alcorcón, Madri (Espanha), depois que o diretor do centro enviou uma carta aos pais dos alunos, na qual opinava sobre a lei que impõe a ideologia de gênero nos colégios desta região.

As assinaturas de apoio ao colégio foram recolhidas pela campanha que a Associação Enraizados iniciou na plataforma Change.org.

Segundo declarou o presidente da Associação Enraizados, José Castro Velarde, “se o colégio finalmente tiver que pagar uma multa por esta missiva, Cifuentes estará conseguindo limitar a liberdade de expressão de todos”.

“Este tema não afeta somente os cidadãos de Madri, mas todos, pois esta multa poderia causar um precedente no qual cada vez que se discorde da ideologia de gênero, deverá pagar a sanção correspondente”, apontou o presidente da Associação.

Além disso, manifestou que espera que a presidente da Comunidade de Madri “repense e não imponha uma sanção apenas por pensar diferente, tentando assim restringir um direito humano básico que é a liberdade de expressão”.

A lei de Proteção Integral contra a Discriminação por diversidade sexual e de gênero, mais conhecida como lei contra a LGTBfobia ou Lei Cifuentes, foi aprovada no mês de julho e através desta impõe, entre outros pontos, “educar na diversidade sexual” tanto em colégios públicos como concertados (centros de natureza privada, mas subvencionados pelo governo).

A maioria dos colégios concertados são de inspiração católica e recebem uma subvenção do governo. Caso não apliquem esta lei, deixariam de receber a subvenção.

A lei também obriga a que “a identidade de gênero e os diferentes modelos de família sejam respeitados nos âmbitos educativos”, garantindo que “expliquem a todos os alunos madrilenos a realidade das diferentes orientações sexuais e identidades de gênero”.

Os professores também deverão receber formação das organizações LGTB.

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