Na última segunda-feira, 3, foi celebrada a Missa de aniversário da aparição da imagem de Cristo Crucificado no céu de Ocotlán (México), a qual foi vista em 1847 por mais de 2 mil pessoas durante mais de 30 minutos, no cemitério da capela da Puríssima Conceição dessa localidade.

Este acontecimento histórico – aprovado pela Arquidiocese de Guadalajara em 1911 – ficou conhecido como “O Prodígio de Ocotlán” e ocorreu um dia antes de um tremor deixar em ruínas esta localidade do estado de Jalisco, causando a morte de 40 pessoas.

A Santa Missa, que concluiu as tradicionais festas anuais para comemorar o prodígio, foi celebrada na paróquia do Senhor da Misericórdia pelo Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Francisco Robles, que exortou os fiéis a examinar “nossa condição de discípulos e seguidores do Senhor da Misericórdia de Ocotlán” porque “vale a pena celebrá-lo com autenticidade”.

“Não há festa maior para celebrar Cristo, nosso Deus e Senhor, nosso rei e pai amoroso, nosso irmão mais velho e amigo, nossa verdade, vida e salvação”.

O Purpurado indicou que “um dos frutos de nos autoexaminarmos, possivelmente, já não é ter a graça de ver novamente a sua bendita imagem no céu. Mas se nos revisamos com humildade e sinceridade em nossa condição de discípulos, então já não poderemos ver Jesus Cristo no céu, mas aqui na terra”.

“Poderemos vê-lo nas ruas de Ocotlán, nos lares e nas famílias, porque cada discípulo é chamado a ser uma imagem viva de Cristo, com seus mesmos sentimentos, atitudes, práticas e mesma relação com Deus e com outros”.

Em seguida, o Cardeal Robles explicou que dessa forma o povo de Ocotlán seria outro “em assuntos de justiça, fraternidade, paz, respeito à integridade da vida humana. Se Cristo, nosso mestre, estivesse vivo e presente em cada discípulo dele, o mundo seria diferente”.

Por esse motivo, fez uma pergunta a modo de reflexão a todos os fiéis reunidos: “Se tivéssemos a sorte de ver novamente a aparição da imagem de Jesus Cristo nos céus e aqui entre nós continuassem acontecendo as mesmas condições de injustiça, egoísmo, pecado, desrespeito à vida ou de violência, para que nos serviria isso se permanecêssemos na escuridão e nas trevas?”.

“Necessitamos da graça de experimentar a sua misericórdia para nos tornar suas testemunhas e discípulos. Que haja um Cristo vivente em cada um de nós. Nosso mundo precisa destas expressões de amor e de misericórdia. Como diz o Papa Francisco, ‘nosso mundo necessita da ternura de Deus’, mas esta se tornará presente na medida em que nós a experimentemos e demos testemunho”, acrescentou.

Finalmente, o Purpurado expressou que “devemos pedir a graça de pouco a pouco assemelhar-nos a Ele”.

“Continuemos celebrando Jesus Cristo presente nesta imagem bendita da sua misericórdia. Continuemos celebrando Jesus Cristo em sua palavra, que acabamos de escutar, mas especialmente em sua presença real, seu corpo e sangue entregue para a nossa salvação”, concluiu. 

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