O Festival Halleluya chega a sua sexta edição no Rio de Janeiro e reafirma o seu caráter solidário com a campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis, que serão destinados a obras sociais. Entre os projetos beneficiados está o “Amor que Cura”, que tem a missão de ajudar os moradores de Jardim Gramacho, comunidade localizada em um antigo aterro sanitário, em Duque de Caxias (RJ).

Com o tema "Um mar de misericórdia", o evento promovido pela Comunidade Católica Shalom acontecerá no marco do Ano da Misericórdia convocado pelo Papa Francisco. Será entre os dias 28 e 30 de outubro. Pela terceira vez, terá como palco os Arcos da Lapa, um local no centro do Rio de Janeiro, conhecido por seus bares e agitação noturna.

A responsável pela Comunidade Shalom no Rio de Janeiro, Roneide Santos, explica que a “Lapa é um local privilegiado, onde encontramos muitos jovens que estão à procura de um sentido para suas vidas, a procura da felicidade e do amor e nem desconfiam que estão na verdade com sede de plenitude, com sede de Deus”.

Nesse sentido, ressalta que “Deus quer que todos experimentem da sua misericórdia” Além disso, Roneide lembra que muitos dos jovens que frequentam este local “não iriam a uma missa, não iriam a um show católico se fossem convidados”. Entretanto, assinala, “são surpreendidos no local que consideram ‘o berço da boemia carioca’ pela presença dos filhos da Igreja, que saem de seus muros, como pediu o Papa Francisco”.

“Então, escolhemos a Lapa porque queremos que o Halleluya seja um canal de encontro de homens e mulheres com Deus, para que, dando Jesus a eles, possamos ser canais da misericórdia, que cura e liberta de toda a opressão”, acrescenta.

A preocupação dos organizadores do evento e o desejo de promover a misericórdia e a solidariedade vai além dos participantes do festival. Nesse sentido, busca, através a arrecadação de alimentos, promover a caridade em relação a diversas obras sociais.

Entre os beneficiados está especialmente para o projeto “Amor que Cura”, realizado pelo Hospital São Francisco da Providência de Deus, localizado na Tijuca, que ajuda moradores de Jardim Gramacho.

Para a organização do evento, a través da doação de alimentos, os participantes do festival poderão dividir com os mais necessitados a alegria que vem da experiência com o amor de Deus.

“A alegria que experimentamos no Halleluya não acaba ao final do evento. Ela nos acompanha em nossa vida, através da experiência com o amor de Deus. E nada melhor para expressar isso do que a solidariedade com os que sofrem pela carência de alimentos”, afirma Roneide Santos.

Segundo a responsável pela Comunidade Shalom no Rio de Janeiro, “com a doação de cada um que estará na Lapa durante o evento, poderemos aliviar a dor de muitos irmãos, oferecendo a eles o mínimo necessário para a sua subsistência”.

“É um pequeno gesto, que simboliza nossa responsabilidade por construir um mundo melhor, onde não falte o essencial ao nosso irmão”, declara.

Três dias para a festa que nunca acaba

Durante os dias 28, 29 e 30 de outubro, mais de 10 atrações passarão pelo palco principal do Festival Halleluya, entre bandas e cantores católicos, espetáculo de teatro e dança, sorteios e muita solidariedade. A expectativa é reunir mais de 50 mil pessoas nas três noites do evento. O acesso do público será gratuito.

Com apoio da Arquidiocese do Rio de Janeiro e da Fundação Rádio Catedral, o Halleluya terá como uma de suas marcas a unidade dos carismas pela evangelização da juventude. Durante toda a programação, centenas de missionários, sacerdotes, religiosos e leigos estarão na Lapa para acolher os jovens nas tendas da confissão, oração e aconselhamento, promoção humana e prevenção ao uso de drogas. Haverá ainda um espaço privilegiado de encontro com Jesus Eucarístico para adoração e o ápice da programação em todos os dias será a celebração da Eucaristia.

Nascido em Fortaleza (CE), em 1998, como uma alternativa para os jovens no mês das férias de julho, o Halleluya cresceu e se consolidou na cidade, tornando-se uma festa fixa no calendário dos cearenses.

Contudo, os organizadores explicam que, mais do que uma festa, no festival os jovens têm uma experiência com Deus e a alegria que experimentam não é euforia nem folia, mas sim tem rastros de vida eterna. Por conta dessa proposta, o evento traz o slogan: “A festa que nunca acaba”.

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