CARACAS, 24 de set de 2016 às 09:00

Ante a grave crise atual, muitos venezuelanos são obrigados a sair do país, especificamente pela fronteira com a Colômbia, para conseguir alimentos e outras coisas necessárias para sobreviver. A ajuda e a solidariedade com estas pessoas, explica o Bispo de Cúcuta (Colômbia), Dom Víctor Manuel Ochoa Cadavid, permitiu que colombianos e venezuelanos se unam muito mais.

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A gravidade da crise, que cresce a cada dia e que não encontra uma resposta efetiva no governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, “é um fenômeno muito grande. Muitos venezuelanos estão indo à Colômbia para procurar produção alimentícia e assistência médica”, comenta o Prelado ao Grupo ACI. 

Esta situação com os venezuelanos, precisa o Bispo, “nos uniu”, pois “desde o começo a Igreja assumiu uma missão muito grande através deste serviço aos irmãos. Inclusive algum bispo chamou ‘a profecia da caridade em Cúcuta’”.

O Prelado recordou ainda que a Igreja foi a primeira a colaborar com os colombianos expulsos da Venezuela há alguns meses e disse que nessa ocasião “atendemos todos os lugares de deportação, em todos os locais havia um sacerdote, um diácono e alguns seminaristas”.

Além disso, atualmente “temos um centro de migrações que atende de maneira organizada 200 imigrantes. Durante os últimos dias tentamos acompanhar muito as necessidades dos venezuelanos com caridade”.

O Bispo de Cúcuta comentou ao Grupo ACI que “é muito bonito ver como os venezuelanos se dirigem sempre às igrejas, porque sabem que em nossos templos encontram ajuda, acompanhamento, uma palavra, os sacramentos e especialmente a Eucaristia”.

“Além desta atenção espiritual tentamos ajuda-los materialmente apesar das limitações que temos".

Dom Ochoa disse que colaboram com a diocese venezuelana de San Cristóbal. “Somos dioceses vizinhas, então procuramos ajudar muito ao Bispo de San Cristóbal, Dom Mario Moronta, o Seminário Santo Tomás de Aquino e muitas instituições. Ajudamos a Venezuela, apesar das limitações também da legalidade”.

O Prelado recordou que a crise começou em agosto de 2015 com a deportação de muitos colombianos, que foram expulsos da Venezuela pelo governo de Nicolás Maduro.

“No censo realizado pelo governo da Colômbia, 31 mil colombianos retornaram ao seu país. A fronteira permaneceu fechada virtualmente durante um ano e há algumas semanas foi aberta”, para ajudar os venezuelanos em meio a grave crise que enfrenta, disse o Bispo.

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