Apesar da constante ameaça do Estado Islâmico (ISIS), cerca de 100 crianças receberam a Primeira Comunhão no dia da Assunção da Virgem Maria na cidade de Alqosh (Iraque), a qual é também o refúgio de dezenas de cristãos perseguidos.

A cerimônia foi presidida, pela primeira vez, pelo Patriarca católico caldeu de Bagdá (Iraque), Dom Louis Rafael Sako. Além disso, contou com a presença de todos os sacerdotes da cidade, religiosas e mais de 700 pessoas.

“Permaneçam e ajudem na reconstrução, porque há um patrimônio cristão a conservar”, expressou Dom Sako se dirigindo às crianças e exortando-as a não abandonar sua terra.

O Bispo auxiliar da capital, Dom Basil Yaldo, recordou que na cerimônia Dom Sako pediu aos jovens para “ser mais fortes, ir à igreja e participar na vida da comunidade cristã do mesmo modo que na familiar”.

Recordou também que, após a Missa, o Patriarca caldeu não pôde conter a emoção depois de um dos pequenos se aproximou dele e disse: “Quando eu crescer, quero ser sacerdote para servir aos pobres e necessitados”.

Posteriormente, o Patriarca caldeu e Dom Yaldo se retiraram e viajaram para a cidade iraquiana de Kirkuk para a celebração oficial da Assunção.

“Depois de semanas de violência, atentados e derramamento de sangue, a situação é agora mais calma. No entanto, o Patriarca Sako pediu orações pela paz em todas as celebrações que presidia. Precisamos rezar pela paz e para o futuro do país”, acrescentou Dom Yaldo.

Alqosh é uma cidade histórica em Nínive. Está localizada a cerca de 50 quilômetros ao norte de Mossul, um reduto jihadista, e é um dos principais centros da tradição assírio-caldeu-cristã.

O Iraque e a Síria se encontram em segundo e quinto lugar, respectivamente, na Open Door’s 2016 Wolrd Watch List, uma lista de 50 países onde os cristãos estão sob maior pressão do terrorismo.

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