“O mandamento é claro, matar os infiéis como Alá disse”, foi a resposta do Estado Islâmico (ISIS) ao Papa Francisco no último número da sua revista Dabiq intitulada “Destruir a Cruz”, na qual afirma que odeia o ocidente cristão e acusa o Pontífice de querer “pacificar a nação muçulmana”.

A última edição da revista Dabiq foi publicada depois que o Papa Francisco afirmou, durante o voo de volta da Polônia, “que não é justo identificar o islã com a violência. Não é justo nem é verdade”. No mesmo dia, grupos de muçulmanos foram às igrejas da França e da Itália para condenar o assassinato do Pe. Jacques Hamel, cometido por dois terroristas do ISIS.

“Francisco continua ocultando atrás de um véu enganoso de ‘boa vontade’, ocultando suas intenções atuais de pacificar a nação muçulmana”, assinalou a revista do grupo fundamentalista, que também criticou o governo da França por dizer que “o autêntico islã e uma leitura apropriada do Corão são opostas a toda forma de violência”.

“Esta é uma guerra justificada divinamente entre a nação muçulmana e as nações dos infiéis”, afirmou o artigo intitulado “Pela espada”, em referência aos ataques na França, na Bélgica, nos Estados Unidos, na Alemanha e contra turistas ocidentais em Bangladesh.

Os terroristas insistiram em acusar o Papa e “muitas pessoas dos países cruzados” de “lutar contra a realidade” em seus esforços por querer mostrar o islã como uma religião de paz.

“Certamente, livrar a jihad – difundindo a lei de Alá pela espada – é uma obrigação encontrada no Corão, a palavra do nosso senhor”, afirma o texto. “O sangue dos infiéis deve ser derramado de maneira obrigatória. O mandamento é claro. Matar os infiéis, como Alá disse: ‘Então matem os politeístas onde quer que estejam”, expressou.

Nesse sentido, também rechaçaram que o Papa qualificasse de “violência sem sentido” os atos do Estado Islâmico.

"O ponto essencial da questão é que de fato há uma rima para nosso terrorismo, a guerra, a crueldade e a brutalidade", expressou o ISIS e insistiu que seu ódio pelo Ocidente cristão é absoluto e implacável.

“O fato é que inclusive se deixassem de nos bombardear, nos prender, nos torturar, nos desprezar e apropriar-se das nossas terras, continuaríamos odiando-os, porque nossa razão primária para odiá-los não deixará de existir até que abracem o islã. Inclusive se pagassem a jizyah (imposto para os infiéis) e vivessem sob a autoridade do islã em humilhação, continuaríamos odiando-os”, afirmou o ISIS.

Finalmente, o grupo terrorista ameaçou que “os cavalheiros sedentos de sangue do califado continuarão sua guerra” e “não tenham dúvida de que esta guerra só acabará com a bandeira negra do Tawhid (monoteísmo islâmico) balançando sobre Constantinopla e Roma e isso não é difícil para Alá”.

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