Na semana passada, Niantic Labs lançou o jogo Pokémon GO para dispositivos móveis Android e iOS. Desde então, é possível ver nos lugares onde o aplicativo já está disponível, os jovens se aproximando das igrejas, o que levou mais de uma pessoa a pensar na possibilidade de usar a grande popularidade do jogo como uma ferramenta para a evangelização.

O Pe. Ryan Kaup, em Lincoln, estado de Nebraska (Estados Unidos), é um deles. Há alguns dias, já passava da meia-noite quando escutou um jovem, da janela da reitoria de seu templo, que gritava “Peguei um!”.

O jovem lançou o grito porque tinha pegado um Pokémon e isso foi possível porque a igreja do Pe. Kaup, a Paróquia Cristo Rei, é um PokéStop.

“Me dei conta de que vivia em um PokéStop quando baixei o jogo”, explica o sacerdote ao Grupo ACI.

“Tinha escutado um grupo de meninos na paróquia falar sobre o jogo depois da Missa, contentes pelo fato de que conseguiram pegar o Charmander no hall da paróquia. Depois disso, tive que verificar por mim mesmo”, relatou.

A paróquia Cristo Rei está em um bairro residencial e, desde que o jogo foi lançado, o sacerdote viu mais de uma pessoa parar em seu automóvel e ficar alguns momentos para recolher as Pokébolas.

“Disse ao meu secretário que esta é uma grande oportunidade para nos aproximarmos deles e convidá-los a rezar”, contou o padre e explicou que inclusive está pensando na possibilidade de fazer com que o PokéStop em sua paróquia seja mais atrativo.

“Qualquer ocasião em que temos um encontro com outro ser humano é uma oportunidade para a evangelização. O PokéStop de Cristo Rei traz as pessoas até nossas portas. Os que vêm talvez nunca o teriam feito de outro modo. Estou pensando na ideia de colocar um letreiro do lado de fora que diga ‘PokéStop. Venham e conversemos!’ ou algo do tipo”, indicou ao Grupo ACI.

Pokémon GO se tornou tão popular que só dois dias depois de seu lançamento, as pessoas que o jogam estão passando mais tempo nele do que em outros aplicativos populares como WhatsApp, Snapchat e Instagram.

O jogo

Pokémon GO requer que quem o joga percorra as ruas para descobrir distintos Pokémons. O mapa que aparece na tela está baseado no mapa real do lugar. Nestes mapas é que se encontram os PokéStops que se localizam em museus, monumentos, lugares históricos, igrejas, entre outros.

A razão para que haja igrejas como PokéStops é que Niantic Labs fez parte do Google e seu fundador e atual CEO trabalhou, anteriormente, na tecnologia que sustenta Google Maps. Essa tecnologia foi usada em um geolocalizador chamado Ingress, similar ao Pokémon GO.

Com o GPS do telefone, o app avisa com uma vibração e uma luz intermitente quando o jogador está perto de um Pokémon.

Os jogadores podem capturar Pokémon até completar uma coleção. Outro objetivo é adestrá-los para que vençam outros. Para vê-los, pode-se usar a câmera fotográfica do telefone que se vê superposta à cena real da lente.

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