“Em primeiro lugar e acima de tudo, quero agradecer a Deus Pai por este momento e tudo aquilo da minha vida”, foram as palavras de Fernando Santos, técnico da seleção de Portugal, após conquistar o título da Eurocopa pela primeira vez para o país.

Ao iniciar a coletiva de imprensa depois da vitória, o técnico português leu uma carta de agradecimento, a qual confessou que tinha escrito semanas atrás.

“Por último, mas em primeiro, quero ir falar com o meu maior amigo e sua mãe [Jesus Cristo e a Virgem Maria], dedicar-lhe esta conquista e agradecer por me ter convocado e agradecer por me ter concedido o dom da sabedoria, da perseverança e humildade para guiar esta equipe, com Ele a ter-me iluminado e guiado. Por tudo o que espero e desejo seja para glória de seu nome", expressou.

Portugal conquistou pela primeira vez em sua história o título da Euro, após vitória por 1 a 0 sobre a anfitriã França, na prorrogação, com gol de Éder.

Casado e pai de dois filhos, Santos não esconde a sua fé católica, à qual retornou em 1994. Nascido em uma família católica que não levava a vida religiosa de maneira intensa, o técnico português fez sua Primeira Comunhão, foi Crismado, mas logo se afastou da Igreja. “Sabia que havia Deus, não mais do que isso”, admitiu em novembro de 2015 para a jornalista Maria João Avillez, durante a iniciativa Conversas sobre Deus, que ela conduz semanalmente na Capela do Rato, em Lisboa. O treinador, porém, ressaltou que nunca deixou de rezar ao seu Anjo da Guarda.

Mais tarde, casou-se na Igreja com Guilhermina, batizou os filhos, mas, foi quando sua filha começou a preparação para a Crisma que sentiu certa “inquietação” e “necessidade de perceber um bocadinho melhor o que estava a acontecer”.

Conversou com um sacerdote, que lhe deu um livro. A partir de então, começou a participar da Missa com a esposa, entretanto ainda sentia que faltava algo, pois via as pessoas indo comungar, mas ele não ia. Voltou a conversar com o padre e deu o passo seguinte, a confissão.

Fernando Santos recordou, porém, que aquele mesmo ano havia sido difícil para ele, pois foi despedido do time Estoril. Ao retornar para casa, disse ter encontrado alguns amigos que foram consolá-lo e estes lhe propuseram que participasse de um retiro do movimento Cursilho de Cristandade.  O treinador recordou que foi para o encontro a fim de “pôr a cabeça em ordem” e acabou descobrindo “Cristo vivo em cada um de nós”.

Segundo o treinador, ele pôde, então, compreender que tinha que alimentar sua fé e que podia fazer isso através da Eucaristia. Dessa maneira, passou a participar ainda mais da Missa e comungar com frequência.

Fernando segue até hoje aprofundando sua fé, participando da Santa Missa e rezando, principalmente diante do Santíssimo Sacramento. “O lugar onde fico mais à vontade para falar com Ele é no sacrário porque Ele está ali”, afirmou o técnico que tem o costume de ler os textos da liturgia diária entre as primeiras coisas que faz em seu dia.

Além disso, afirmou que pede todos os dias por ele e seus familiares, para que Deus “aumente a fé, a esperança e a caridade”.

“Ser católico é uma exigência muito forte, porque consiste em crer que Cristo ressuscitou e está vivo. Não podemos deixar de dar testemunho disso em qualquer profissão que tenhamos”, completou.

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