Durante a vigília na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Cracóvia, Polônia, serão apresentados aos peregrinos cinco testemunhos, entre os quais, o da Comunidade Católica Jesus Menino, da Diocese de Petrópolis (RJ), representando as Américas. Para o fundador da comunidade, Antônio Carlos Tavares de Mello – conhecido como Tonio –, “será uma oportunidade para mostrar o rosto da misericórdia através das pessoas com deficiência”.

A Jesus Menino, fundada em 1990, é uma comunidade católica de vida consagrada que tem como carisma acolher Jesus Menino presente nas pessoas com deficiências, as quais são adotadas pelo fundador e criadas como filhos em família e em comunidade. Atualmente, é também referência no trabalho em defesa da vida e contra o aborto.

Tonio contou à ACI Digital que a Comunidade foi convidada pelo Comitê Organizador da JMJ para dar o seu testemunho na vigília da Jornada, no dia 30 de julho, ao lado do Papa Francisco. “A vigília começará por volta das 19h lá, será às 14h aqui no Brasil”, observou, convidando todos a estarem unidos em oração neste momento.

O fundador da Comunidade lembrou que tudo começou com uma entrevista concedida certa vez na Alemanha. “A jornalista achou que seria bom enviar aquele conteúdo para o Comitê da JMJ. Foi o que fez e depois fomos convidados para essa participação. Não esperávamos”, expressou.

Em Cracóvia, a Jesus Menino será representada por seis pessoas, entre elas o fundador e dois filhos da Comunidade, Felipe e Alex.

“No nosso testemunho – adiantou Tonio –, falaremos como a Comunidade nasceu, qual a definição na Igreja, com sua missão de trazer Maria e José na nossa missão de adotar pessoas deficientes. Vamos falar de nossos 40 filhos e como vivemos ‘Nazaré’ no nosso dia a dia, com a oração, a vivência e o trabalho. Também falaremos em defesa da vida, principalmente da pessoa com deficiência”.

Para complementar o testemunho, Felipe e Alex cantarão uma canção intitulada ‘Toda vida é um dom’. “Essa música irá somar na nossa mensagem, porque toda pessoa é sagrada, é um dom e deve ser amada e respeitada, independentemente de ser ou não deficiente. Além disso, será um impulso contra o aborto, pois vamos mostrar o valor da vida”, acrescentou.

Além disso, será apresentado um vídeo apresentando o que é a Comunidade Jesus Menino, seu carisma e o seu dia a dia.

Assim, Tonio afirmou que, durante a JMJ, poderão apresentar como vivem “a misericórdia na Jesus Menino” e, com isso, mostrar também a importância da vida consagrada e das novas comunidades, com seus diferentes carismas, dentro da Igreja.

“Então, vamos tocar na família, na inclusão, na vida consagrada, na vocação de homens e mulheres, na defesa da vida”, sintetizou.

Uma resposta de Deus

Para a Comunidade Jesus Menino, declarou Tonio, o convite para participar da JMJ “foi uma resposta de Deus nesses 26 anos de caminhada” e algo que “alegrou o nosso coração”. 

“Será uma grande abertura para a Comunidade no mundo”, considerou, recordando que a Jesus Menino já está presente “há 15 anos na Itália, com pais que perderam seus filhos; está nascendo em Portugal com um grupo de pais de filhos deficientes; e na Áustria e Alemanha possui grupos de apoio, com trabalho também de conscientização pró-vida”.

Com essas missões na Europa, a Comunidade Jesus Menino já se encontrou quatro vezes com o Papa Francisco, participando de Audiências Gerais na Praça de São Pedro, no Vaticano. “Sempre que nos vê – contou Tonio –, o Papa já nos identifica como uma comunidade pela vida e pede a nossa oração pela vida”.

Dessa forma, concluiu, “mostraremos um dos rostos da misericórdia nas Américas, mostraremos que as pessoas deficientes são um sinal no mundo”.

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