As relíquias de Santa Maria Madalena estarão em Cracóvia, na Polônia, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e poderão ser veneradas durante alguns dias pelos peregrinos, os quais terão a chance de rezar para a santa chamada pela organização do evento de “apóstola da misericórdia”.

Essas relíquias de Santa Maria Madalena estão conservadas em Sainte-Baume, na França. Na viagem para a Polônia, serão acompanhadas pelos voluntários dominicanos, que irão guardá-las, e serão confiadas aos jovens da Diocese de Fréjus-Toulon (do sul da França), a qual é guardiã das relíquias desde o início do cristianismo.

Em Cracóvia, serão colocadas na igreja dos Padres Franciscanos Reformados na cidade velha (ul. Reformacka 4). Será possível venerá-las todas as tardes da semana que antecede o último final de semana da JMJ.

De acordo com a organização da Jornada, os peregrinos poderão pedir diante das relíquias: “graça da oração: para experienciar Cristo no fundo do nosso coração; graça da conversão: para permitir que Deus forme nossos corações, para nos reconciliarmos com Ele, para sermos fortalecidos por Ele; graça do testemunho: para que a alegria do tesouro recebido nos dê alegria em proclamar os milagres de Deus”.

Segundo a tradição dos Santos de Provença (França), pouco tempo após a Ressurreição de Cria, Maria Madalena teria entrado no convés de um navio que navegava para o oeste.

Chegou a Saintes-Marie-de-la-Mer e depois passou um tempo em Marselha, onde pregou a Boa Nova. Posteriormente, seguiu o curso do rio Huveaune até o maciço de Sainte-Baume.

Ficou encantada com esse lugar e decidiu viver no eremitério, em oração, confiando a Deus todas as pessoas que ela conheceu, que vieram a ela, que se abrigaram junto dela e lhe pediram a ajuda.

Na gruta em Sainte-Baume estão guardadas as relíquias da santa, as quais o Papa autenticou em 1279. Este local é meta para muitos peregrinos a fim de orar por graças de Santa Maria Madalena.

Santa Maria Madalena foi qualificada por Santo Tomás de Aquino como “apóstola dos apóstolos” (apostolorum apostola). Em 2007, ao falar sobre esta santa, o Papa Bento XVI sublinhou que “os Evangelhos nos informam que as mulheres, diversamente dos Doze, não abandonaram Jesus na hora da Paixão. Entre elas, sobressai em particular Madalena, que não só presenciou a Paixão, mas foi também a primeira testemunha e anunciadora do Ressuscitado”.

No mês passado, o Papa Francisco elevou a memória de Santa Maria Madalena à festa litúrgica, que continua sendo celebrada no dia 22 de julho.

A decisão de elevar à festa a celebração de Santa Maria Madalena servirá para refletir de maneira “mais profunda sobre a dignidade da mulher, sobre a nova evangelização e sobre a grandeza do mistério da misericórdia divina”, explicou Dom Artur Roche, Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na ocasião.

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