As mais importantes relíquias da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres (depois de seu próprio corpo) estão expostas ao público, pela primeira vez. Trata-se de suas vestes originais, utilizadas no sepultamento do Anjo Bom do Brasil.

A exposição “Cinco anos de Beatificação... A caminho da Canonização” foi aberta no Memorial Irmã Dulce (MID), em Salvador (BA), no domingo, 22 de maio, dia em que se completou cinco anos da cerimônia que beatificou a religiosa.

O assessor de Memória e Cultura das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Osvaldo Gouveia, explicou ao site da instituição que as peças expostas “são as roupas que ela usava quando foi sepultada em 1992”.

“Entre as peças, dispostas na mesma posição em que estava o corpo, estão o véu, o hábito oficial, o escapulário azul que é o símbolo de sua congregação (Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus) e as meias, além do medalhão que ela sempre usou”, conta o assessor.

Segundo ele, o que chama a atenção é o impressionante estado de conservação, pois, “depois de tantos anos, as vestes não se degradaram. Foram quase duas décadas desde o sepultamento até a retirada das peças, em 2010, por conta da exumação e trasladação do corpo”.

A exposição conta ainda com outras peças, como o tecido que envolveu o caixão de Ir. Dulce; fragmentos do terço que foram encontrados também no caixão, além de imagens da época do sepultamento e textos de frei Vandeí Santana, reitor do Santuário da Bem-Aventurada, e de frei Mário Erky, capelão das Obras Sociais, abordando a importância das relíquias.

Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA), tendo como nome de batismo Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Ingressou em fevereiro de 1933 na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e recebeu o hábito em agosto do mesmo ano. Foi quando adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que faleceu quando ela tinha apenas 7 anos.

Desenvolveu grande trabalho assistencial junto às comunidades carentes de Salvador (BA). Em 1939, depois de muito lutar para cuidar de seus doentes, utilizou um galinheiro ao lado do convento onde os abrigava. O trabalho cresceu e levou à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país.

Faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, após uma vida inteira dedicada a cuidar dos pobres e enfermos. Foi sepultada na Igreja da Conceição da Praia e, com o início do processo de beatificação, em 2000, seus restos mortais foram então transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio. Atualmente, estão na chamada Capela das Relíquias, localizada no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.

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