Ao presidir a Missa da peregrinação internacional aniversária deste 13 de maio no Santuário de Fátima, o Cardeal-patriarca de Lisboa (Portugal), Dom Manuel Clemente, recordou o drama dos refugiados e tantos outros que sofrem por diferentes motivos e convidou a rezar por eles.

O Prelado sublinhou as “variadas situações da vida e dos povos”, pelas quais se reza em Fátima: “por sãos e enfermos, sós ou sem trabalho, vítimas e refugiados”.

“Vai para um século, era apenas Ela, a ensinar três crianças a rezar assim. Hoje somos tantos e a aprender também”, sublinhou o Cardeal durante sua homilia na Cova da Iria.

Conforme assinala a Agência Ecclesia, Dom Clemente sustentou ainda que “as políticas servem o bem comum, que é o bem de todos segundo as legítimas escolhas de cada um”.

“Porque solidariedade sem subsidiariedade, não o é de fato”, afirmou, acrescentando que “é neste ponto que culto, cultura e sociedade se devem harmonizar, mesmo e sobretudo em sociedades plurais e democráticas, como quer ser a nossa”.

O Cardeal-patriarca citou também São João Paulo II, ao alertar para as “forças desagregadoras a nível ideológico e prático” que ameaçam a família.

Além disso, Dom Clemente, que também é presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), falou sobre o impacto da devoção mariana na vida dos católicos e na própria construção da sociedade em Portugal.

“Estando nós em tempo de grandes indefinições culturais, lembro tão-somente que Portugal nunca se entendeu sem Santa Maria, cuja ‘terra’ é. E adianto ainda que só por grande distração ou preconceito não se notará o que aqui sucede há um século quase, neste chão bendito da Cova da Iria”, afirmou.

Para o Cardeal, em Fátima há “um coração em que cabem e se sublimam os de todas as mães” e este talvez será “o maior ‘segredo’ de Fátima. E assim mesmo atrai, assim mesmo perdura”.

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